Contestação às portagens em protesto isolado à porta do Pontal
"Temos que olhar para a problemática das portagens. O Algarve tem que ser visto como uma região diferenciada”, defendeu Hélder Martins, que é também presidente do PSD Loulé e que não se coibiu de deixar um caderno reivindicativo directamente “ao presidente do nosso partido”, como disse várias vezes.
Hélder Martins disse que é preciso que o Governo olha para várias questões, como é o caso da “harmonização da taxa do IVA para o golfe, hotelaria e restauração”, a tributação de imóveis, gestão do ordenamento da orla costeira – uma área gerida por várias entidades em sobreposição de competências, sobrando quase nenhuma para os municípios -, a sempre adiada construção do Hospital Central do Algarve – obra que “já teve direito ao lançamento de várias primeiras pedras” – e a necessidade de uma revisão mais célere dos PDM.
Pediu ainda ao Governo que implemente uma política de premiação das boas práticas autárquicas – para os autarcas que fazem bem a sua gestão. No final, Hélder Martins avisou Passos Coelho que tinha um “pequeno documento com as preocupações do concelho de Loulé para lhe entregar”.
Já o presidente da câmara de Loulé, Seruca Emídio, que cumpre o seu último mandato devido à limitação imposta pela lei, preferiu falar de ética na política, criticando o Governo por permitir a fuga de médicos dos cuidados primários de saúde – que é a sua área, uma vez que é médico –, para o sector privado. Seruca Emídio foi o mandatário de Passos Coelho no Algarve.
O presidente da distrital de Faro do PSD, Luís Gomes, subiu depois ao palco para apresentar um conjunto de candidatos a câmaras e juntas de freguesia e criticar “as pessoas mascaradas de movimentos cívicos” que têm levantado dificuldades aos candidatos sociais-democratas. Elogiou o regresso do PSD ao calçadão de Quarteira, “ao contacto com as pessoas”, porque “será sempre o partido que não foge das pessoas nem do contacto com as pessoas” e “Pedro Passos Coelho é o exemplo disso”.