Aviação israelita ataca alvo na fronteira sírio-libanesa
Alvo poderá ter sido uma coluna transportando armas. Informação acontece depois de o Líbano ter denunciado entrada no seu espaço aéreo de uma dúzia de aviões de combate.
As informações são escassas, e sem confirmação oficial, mas surgem depois de o Exército libanês ter denunciado que uma dúzia de aviões de combate israelita entrou no espaço aéreo do país, sobrevoando “várias regiões” entre as 09h30 de terça-feira e a madrugada desta quarta-feira. “Todos os dias há sobrevoos israelitas, mas na terça-feira foram muito mais intensivos do que é habitual”, disse à agência de notícias francesa um responsável da segurança libanesa.
“Houve sem dúvida um ataque contra a zona de fronteira”, disse uma fonte que a Reuters identifica como pertencendo a serviços de segurança na região. A informação foi também confirmada por um diplomata ocidental e por uma activista síria residente no Sul do país.
Questionado pela AFP, um porta-voz do Exército israelita recusou fazer comentários, mas um responsável de segurança, não identificado, adiantou que o ataque visou “um comboio armado que se dirigia para o Líbano e que foi atingido no lado sírio da fronteira, cerca das 23h30 TMG [mesma hora em Portugal continental]". O jornal israelita Ha’aretz cita também o site de informações sobre o Médio Oriente Al-Monitor, dando conta de que o ataque ocorreu “após consultas do chefe da secreta militar israelita em Washington”.
A notícia do ataque surge três dias depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter alertado para “importantes ameaças à segurança de Israel”, incluindo “as armas letais existentes numa Síria que está à beira de se desintegrar”. No mesmo dia, o vice-primeiro-ministro, Silvan Shalon, admitiu que qualquer sinal de que o regime de Bashar al-Assad estaria a perder o controlo sobre as armas químicas poderia desencadear uma resposta militar israelita, recorda a Reuters.
Israel teme que os arsenais – químicos ou convencionais – de Assad caiam nas mãos de organizações radicais no caso de um colapso do regime ou sejam encaminhadas por Damasco para o movimento xiita libanês Hezbollah, um dos grupos mais activos contra Israel.