A Câmara de Silves informou esta sexta-feira que morreu uma das três mulheres que ficaram gravemente feridas na sequência do tornado que a 16 de Novembro atingiu aquela cidade e a de Lagoa.

A mulher, de 50 anos, estava no interior de uma caravana, em Silves, quando o temporal se abateu sobre a cidade, arrastando automóveis e autocaravanas e derrubando árvores, muros e telhados. A intempérie provocou 13 feridos, três dos quais em estado considerado grave. A mulher que morreu foi a vítima que mais tempo ficou internada, já que os dois outros feridos graves tiveram alta hospitalar dias depois.

Numa nota de condolências enviada à família da vítima, o presidente da Câmara de Silves, Rogério Pinto, lamenta as “circunstâncias anormais e raras” que conduziram ao seu desaparecimento súbito. “Numa altura em que ainda as promessas da vida se abriam diante de si, [a sua morte] confunde-nos e interpela-nos sobre o significado da existência terrena e deixa-nos com a certeza de que a força da natureza é esmagadora e incontrolável”, lê-se na nota divulgada pela câmara.

Fonte da autarquia disse à Lusa a vítima era natural de Portimão, onde foi enterrada, e tudo indicava que estaria a recuperar bem das graves lesões internas que sofreu e que obrigaram a que lhe fosse retirado o baço. A mesma fonte adiantou que o presidente da autarquia visitou-a no dia 3 de Dezembro, no Hospital do Barlavento Algarvio, altura em que se previa que o seu internamento se prolongasse por mais um mês.

A mulher terá falecido na madrugada de quarta-feira, de acordo com a mesma fonte, mas a Lusa não conseguiu confirmar a data exata e as causas da morte junto daquela unidade hospitalar.