A Comissão Europeia acentuou esta segunda-feira a pressão para o Governo português lhe apresentar "o mais depressa possível" as novas medidas com que conta substituir as mexidas anunciadas na Taxa Social Única (TSU), insistindo em que estas não deverão pôr em causa nem as metas nem os termos gerais do programa de ajuda externa.

"Esperamos receber" os detalhes das novas medidas "o mais depressa possível", afirmou Olivier Bailly, porta-voz da Comissão. "As autoridades portuguesas estão plenamente conscientes das suas necessidades de financiamento e da necessidade de concluir tão cedo quanto possível" os termos do programa de ajuda, de modo a que os ministros das Finanças do euro possam formalizar como previsto a 8 de Outubro a 'luz verde' ao desembolso da sexta parcela do empréstimo europeu a Portugal, sublinhou.

"Cabe às autoridades portuguesas decidir sobre as medidas que podem substanciar tanto em números como em qualidade, insisto, tanto em números como em qualidade, a trajectória de ajustamento" tal como definida na recente revisão trimestral do programa de ajuda por parte da troika de credores (Comissão Europeia, FMI e Banco Central Europeu), disse ainda Bailly, garantindo que Bruxelas analisará "diligentemente" as novas medidas.

Fontes comunitárias exprimiram por sua vez a esperança de que eventuais dúvidas sobre os termos do programa português – em caso de substituição da TSU – sejam clarificadas antes da reunião de dia 8 com nova medidas de valor equivalente. Isto porque, precisou uma desta fontes, "voltar a discutir Portugal no eurogrupo significa que há um problema" que poderá pôr em causa o desembolso da nova fatia do empréstimo.