Facebook cai para metade com chegada de novas acções
Na base do deslize esteve o facto de ter expirado o prazo que impedia muitos dos investidores iniciais (que compraram antes da oferta pública de venda) de venderem as respectivas acções em bolsa. Ao todo, 271 milhões de acções passaram a poder ser transaccionadas, um aumento significativo sobre os 421 milhões de acções que a empresa colocou em bolsa em Maio.
Entre os accionistas que podem agora vender estão fundos de investimento e outras empresas, como é o caso da Microsoft (que não colocou acções à venda). Mesmo à cotação actual, muitos destes grandes investidores conseguem ter lucro. Os prejuízos estão a cair sobretudo sobre os pequenos investidores que compraram acções bem acima dos 30 dólares na sequência da oferta pública de venda.
Em Novembro, é esperado um novo fluxo de acções para o mercado. Nesse mês, os funcionários do Facebook passarão a poder vender, num total que ronda os dois mil milhões de acções.
A perspectiva de uma inundação de acções em Novembro, a par da pouca confiança transmitida pela empresa sobre as perspectivas de ganhos futuros, tem afastado investidores. A capitalização bolsista do Facebook, que superou os 100 mil milhões de dólares na oferta pública de venda, está agora abaixo dos 43 mil milhões.
No mês passado, na primeira apresentação de resultados após a conturbada entrada em bolsa, o Facebook apresentou 1884 milhões de dólares em receitas e um prejuízo de 157 milhões de dólares. Este valor foi calculado com base nos princípios obrigatórios para as apresentações de resultados e integrou gastos excepcionais, como as compensações associadas à oferta pública de venda. Retirados estes gastos, o Facebook comunicou um lucro de 295 milhões de dólares.
O Nasdaq fechou com ganhos de 1,04%. A Zynga (criadora do FarmVille e constribui para cerca de 15% das receitas do Facebook) recuou 1,96%, para os três dólares. O site de descontos Groupon perdeu 6,02%, para os cinco dólares.