Governo não consegue vender activos tóxicos dados como garantia ao BPN

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Foto: José Carlos Coelho/Arquivo

O Governo não conseguiu atrair interessados para comprarem os activos tóxicos penhorados ao intermediário espanhol de origem libanesa, Abdul Rahman El-Assir, parceiro de Manuel Dias Loureiro em negócios que ajudaram a agravar o buraco do BPN.

Em causa estão propriedades situadas nos arredores de Madrid e que pertenciam a três sociedades de El-Assir devedoras do BPN: a La Granjila, a Miraflores e a Diesoto, associadas a um prejuízo para o Estado de 50 milhões de euros.

O PÚBLICO apurou que o leilão público, realizado em Madrid há uns meses, para vender os bens imobiliários penhorados a El-Assir, ficou deserto, o que tem inviabilizado a recuperação de pelo menos uma parte dos empréstimos que o libanês recebeu do BPN, impedindo o Estado de reduzir as imparidades [verbas em risco de não serem cobradas] que "parqueou" numa entidade criada para o efeito, a Parvalorem. Com a venda do BPN (nacionalizado em Novembro de 2008), transitaram para este veículo estatal todos os activos tóxicos do grupo, no valor de 2200 milhões de euros, e que incluem responsabilidades de cerca de 50 milhões assumidas por El-Assir e nunca liquidadas.

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