Seguro escusa-se a avançar sentido de voto para o próximo Orçamento do Estado

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Sobre o orçamento, Seguro afirmou que só comenta propostas concretas Daniel Rocha

O líder do PS defendeu que o primeiro-ministro tem que explicar o que falhou na “receita” da austeridade do Governo para que o “objectivo central” de fixar o défice de 2012 em 4,5 por cento esteja “em risco”.

Em Barcelos, de visita à feira de artesanato local, António José Seguro voltou a afirmar que os compromissos assumidos com a “troika” são para cumprir ao “nível das metas”, mas que “completamente diferentes são os caminhos para lá chegar”.

O secretário-geral do PS escusou-se ainda a revelar o sentido de voto do partido na votação do próximo Orçamento do Estado, defendendo que o Governo “ainda não apresentou” sobre essa matéria qualquer proposta concreta.

Segundo António José Seguro, o “compromisso com a ‘troika’ compromete todos os portugueses responsáveis e, em particular, o líder do PS com as metas”, mas, salientou, “completamente diferentes são os caminhos para lá chegar”.

O líder socialista afirmou que o Governo de Passos Coelho optou por um caminho de “austeridade a qualquer custo” e que esta opção está a resultar em “mais desemprego e menos economia”.

Para Seguro, até o “objectivo central” apontado pelo Governo, e pelo qual “pediu tantos sacrifícios aos portugueses”, fixar o défice deste ano em 4,5 por cento está em risco.

“O primeiro-ministro tem que vir explicar aos portugueses o que é que falhou na sua receita. É altura de vir explicar aos portugueses porque é que há tantos riscos quanto à concretização desse objectivo central da política do Governo”, defendeu Seguro.

O líder do PS voltou a afirmar que “há um caminho alternativo”, que tem vindo a apresentar e que este é um caminho “que coloca o emprego e o crescimento económico no centro das prioridades”.

Questionado sobre o sentido de voto do partido que lidera na votação do próximo Orçamento do Estado, Seguro afirmou que “ainda não há propostas concretas”.

“Eu só comento aquilo que são as propostas concretas do Governo e até ao momento o Governo ainda não apresentou nenhuma proposta concreta”, disse.

Quando estas forem apresentadas, adiantou, “o PS estudará essas propostas e pronunciar-se-á sobre elas”.

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