Português descobriu ossadas de dinossauro na Gronelândia

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Octávio Mateus é paleontólogo do Museu da Lourinhã Daniel Rocha (arquivo)

O paleontólogo português Octávio Mateus, que integra uma equipa internacional que está até 3 de Agosto na Gronelândia, anunciou nesta quinta-feira a descoberta de achados de dinossauro com mais de 200 milhões de anos.

Em nota de imprensa enviada a partir da Gronelândia, a equipa internacional coordenada por cientistas dinamarqueses explicou que Octávio Mateus, paleontólogo do Museu da Lourinhã e investigador da Universidade Nova de Lisboa, “descobriu parte de um esqueleto de um ‘fitossauro’”.

Trata-se de um dinossauro predador, de cinco metros de comprimento, semelhante a um crocodilo, sendo “o primeiro alguma vez descoberto” na Gronelândia.

O paleontólogo português encontrou ainda uma tartaruga fóssil.

“Qualquer esqueleto descoberto do Triásico [com mais de 200 milhões de anos] da Gronelândia é importante e uma tartaruga é ainda mais, porque é uma das mais antigas, o que ajuda a compreender a origem daqueles animais”, disse Octávio Mateus.

Da expedição, resultou ainda a descoberta de um esqueleto de um ‘plateosaurus’, um dinossauro herbívoro muito comum no Triásico, e centenas de pegadas de dinossauros carnívoros, “extremamente raras”.

“A Gronelândia é um local relativamente inexplorado em várias áreas da ciência, uma das quais a paleontologia”, afirmou à agência Lusa o paleontólogo, antes de partir para a expedição.

A equipa está desde 10 de Julho a escavar na neve, na zona de Jameson Land, um local inóspito no leste da Gronelândia. O grupo foi aqui deixado de helicóptero, após uma viagem desde a Islândia.

Os elementos do grupo foram preparados para enfrentar diversas adversidades, como possíveis ataques de ursos polares, que os obriga, durante a expedição, a aprender a manusear armas de fogo para os afugentar, em caso de ataque, e a efectuar rondas de vigilância para garantir a segurança.

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