Líderes do PS, PCP e BE convidados para o Congresso Democrático das Alternativas

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Vasco Lourenço, José Reis e Carvalho da Silva estão entre os promotores Pedro Cunha

“Todos os partidos da esquerda parlamentar” foram “informados” da realização e dos objectivos do Congresso Democrático das Alternativas, que se realiza a 5 de Outubro.

O esclarecimento foi dado por Jorge Leite, professor universitário jubilado, um dos oradores na apresentação pública do lançamento deste movimento, cujos mais de trezentos promotores reunir-se-ão, dia 1 de Julho no Hotel Roma, em Lisboa. “Não houve nenhuma exclusão” afirmou Jorge Leite, que frisou: “Souberam que portas não estão fechadas.”

Com uma sala cheia de promotores e com uma mesa representativa de vários sectores – além de Jorge Leite, compunham-na Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril, Carvalho da Silva, ex-líder da CGTP e director do Observatório das Alternativas, Cristina Andrade, da associação de precários FERVE, José Reis, director da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Mariana Avelãs, activista, e Paula Gil, precária – os promotores preocuparam-se em não se deixar colar à imagem de que pretendem lançar um novo partido ou um movimento de apoio a uma candidatura presidencial.

Carvalho da Silva fez mesmo questão de afirmar que “o tempo não é de gestão de uma agenda política de vivencia normal em democracia” e que a situação política nacional exige uma acção que não pode estar sujeita a “tacticismos”, depois de repetir a ideia expressa no manifesto inaugural do congresso de que já houve “um falhanço absoluto da troika”.

Já antes Carvalho da Silva frisara que “a agenda é pura e simplesmente o Congresso a realizar a 5 de Outubro” e que os promotores não querem “federar movimentos nem hostilizar partidos”. Isto depois de Vasco Lourenço garantir que “o actual projecto político falhou. E José Reis afirmar que os promotores são “gente inquieta, capaz de construir alternativas” e também com “capacidade técnica e formação política” e de prometer que o Congresso será a “negação das inevitabilidades” e das “vias únicas”.

Na sala viam-se figuras diversas como o general Garcia dos Santos, Ana Benavente, antiga secretária de Estado de António Guterres e ex-deputada do PS, Joana Amaral Dias, ex-deputada do BE, Pilar del Rio, presidente da Fundação Saramago, Fernando Pereira Marques, ex-deputado do PS, Fernando Rosas, ex-deputado do BE, Kalidás Barreto, fundador da CGTP e Henrique de Sousa e Domingos Lopes, ex-dirigentes do PCP.

Entre os promotores que subscrevem o manifesto “Resgatar Portugal Para Um Futuro Decente” saliente-se a presença de vários deputados do PS: Pedro Nuno Santos, Isabel Moreira, Mário Ruivo, Maria Antónia Almeida Santos, Duarte Cordeiro, Pedro Alves, Ana Catarina Mendonça Mendes, Sérgio Sousa Pinto e João Galamba. O líder parlamentar do PS, instado a comentar, considerou as presenças socialistas como algo “natural”.

Entre os promotores está também os antigos membros dos Governos de Guterres Paulo Pedroso e António Carlos Santos e os antigos deputados do PS Manuela de Melo, Miguel Vale de Almeida e António Reis,este também ex-Grão Mestre da Grande Oriente Lusitano. E a antiga deputada dos Verdes, Isabel de Castro.

Saliente-se ainda que entre os promotores estão os deputados do BE, Ana Drago, Catarina Martins, Cecilia Honório, João Semedo, Mariana Aiveca. E os ex-deputados do BE, José Soeiro e José Manuel Pureza. Entre os militares destaque-se Pezarat Correia, Franco Charais, Vitor Crespo e Tasso de Figueiredo. Assinam também os professores e investigadores António Hespanha, Boaventura de Sousa Santos, Eduardo Maia Costa, Irene Pimentel, Maria Irene Ramalho, Maria Manuela Silva, Rui Bebiano, Viriato Soromanho Marques. E artistas como Carlos do Carmo, Camané, Mário Laginha, Teresa Vilaverde Cabral e Vera Mantero.

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