Governo encomenda novo estudo sobre Metro no Terreiro do Paço

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PÚBLICO

A conclusão da construção do Metro no Terreiro do Paço, em Lisboa, vai ser adiada até à divulgação dos resultados de um novo estudo encomendado pelo Governo, depois de o ministro das Obras Públicas ter admitido ser "tecnicamente muito difícil" continuar as obras no local.

Valente de Oliveira, que falava na comissão parlamentar de Obras Públicas, Transportes e Comunicações, disse estar "preocupado" com o decurso das obras do Metro, dados os "alertas diversos" sobre as condições em que está a ser desenvolvido o projecto.

"Chegam-nos informações de que os assentamentos continuam e que há liquefação do solo", explicou o membro do Governo, sublinhando que durante as primeiras obras de construção foram detectados vários problemas no terreno, mas que tal não torna o projecto "inviável".

Para que seja encontrada uma solução, o ministro anunciou que foi pedida uma peritagem a um consultor holandês "com grande traquejo em obras de condições idênticas, áreas sísmicas e alagadas".

"Vou esperar pelo relatório de peritagem deste holandês para garantir que a solução e a estabilidade existem", afirmou Valente de Oliveira.

Quanto ao Metro da Margem Sul do Tejo, o ministro disse que estava já tudo preparado para a adjudicação quando recebeu indicações do Ministério do Ambiente para que fosse feito um novo estudo de impacte ambiental, que, segundo disse, irá prolongar-se durante 144 dias úteis. "Isto vai atrasar em cerca de oito meses o arranque dos trabalhos", mas o Governo vai "accionar todos os meios para acelerar a avaliação do impacte ambiental".

Também o aeroporto da OTA foi alvo de comentário por parte do ministro que garantiu estarem a decorrer estudos sobre o projecto, mas que as obras de construção poderão durar "oito ou sete anos se estiver tudo definido correctamente".

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