Plataforma 15 de Outubro acusa Governo de querer criminalizar movimentos sociais

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Activistas dizem que houve "policiais infiltrados" na manifestação da plataforma 15 de Outubro Pedro Cunha

A plataforma 15 de Outubro, que promoveu a manifestação de quinta-feira onde ocorreu uma carga policial, acusa o Governo de pretender criminalizar os movimentos sociais em Portugal.

“Somos pacíficos mas estão a tratar-nos como se fossemos um bando de terroristas e criminosos”, afirmou o porta-voz do grupo, Tiago Castelhano, numa conferência de imprensa realizada nesta sexta-feira à tarde junto à escadaria da Assembleia da República.

O activista especificou que tanto na manifestação de Novembro passado, em que houve igualmente incidentes com a polícia junto ao Parlamento, como no desfile de quinta-feira em Lisboa “houve policiais infiltrados”.

“Estão a lançar a lama sobre a plataforma 15 de Outubro”, acrescentou, estendendo as acusações a todos os partidos com assento parlamentar “que não estão interessados que surjam este tipo de movimentos”.

A plataforma considera que “a responsabilidade de tudo o que se passou é do ministro da Administração Interna” e condena as agressões a idosos e turistas, que garante terem sido observadas durante a manifestação.

Num comunicado distribuído na conferência de imprensa, a plataforma manifesta total solidariedade para com os jornalistas agredidos e detidos e considera “indigno” o comunicado da PSP “onde justifica as agressões aos jornalistas” alegando que não estavam identificados o que “não corresponde à verdade segundo o comunicado da direcção da Lusa”.

“Um manifestante de máquina fotográfica na mão justifica uma agressão e uma carga policial?”, interrogam-se os activistas.

“Perante as medidas de austeridade que nos estão a condenar à pobreza e à miséria (...) existe um só caminho: lutar”, acrescenta a plataforma em comunicado.

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