BE quer que ministro explique “violência gratuita” sobre manifestantes e jornalistas
“Dada a informação que veio a lume, quer pela comunicação social quer em todas as redes sociais”, relacionada com a actuação da PSP nas manifestações de quinta-feira, realizadas no âmbito da greve geral, o BE apresentou hoje um requerimento em que pede a audição “com carácter de urgência” de Miguel Macedo na Assembleia da República, disse a deputada Cecília Honório.
“O facto é que há cidadãos que se manifestavam pacificamente ontem e que foram alvo de uma violência gratuita e de uma intervenção desproporcionada por parte das forças de segurança. Bem como jornalistas que exerciam a sua atividade profissional e que, mesmo depois de terem sido identificados, foram alvo de agressões”, acrescentou a deputada.
Para o BE, “isto é absolutamente inaceitável. Esta violência gratuita compromete evidentemente o direito à informação, à actividade profissional dos jornalistas e o exercício do direito de manifestação de tantos cidadãos que se manifestavam pacificamente”.
“Nós queremos que o senhor ministro esclareça de facto o que é que se passou, a que é que se deve esta intervenção tão desproporcionada, uma vez que é a segunda greve geral em que a actuação das forças de segurança deixa muitas dúvidas, já aconteceu assim na última greve geral”, sublinhou Cecília Honório.
Segundo a deputada, o BE que saber que forças de segurança estavam “efectivamente no terreno, qual era a sua actuação prevista, quais foram as indicações dadas pelo Governo e, qual é, por exemplo, o papel dos agentes infiltrados no contexto das manifestações de ontem”.
Na quinta-feira à tarde, em dia de greve geral convocada pela CGTP, a PSP e vários cidadãos ligadas à plataforma 15 de Outubro envolveram-se em confrontos junto ao Largo do Chiado..
Durante os confrontos entre manifestantes e polícias, os fotojornalistas José Sena Goulão (da agência Lusa) e Patrícia de Melo Moreira (da France Presse), que se encontravam no local a fazer a cobertura do acontecimento, foram agredidos.