Seguro exige explicações sobre conversas “às escondidas” de Gaspar

Foto
Seguro especificou as medidas do memorando de que discorda Daniel Rocha

“O primeiro-ministro tem que dar explicações no Parlamento.” Foi assim que António José Seguro, secretário-geral do PS, reagiu à divulgação de um diálogo entre os ministros das Finanças alemão e português onde se discutia a revisão o programa de ajuda financeira a Portugal.

“É uma boa notícia, e como sabe fui o primeiro político em Portugal a dizer que Portugal precisava de mais um ano para ajustar as contas públicas", começou por afirmar o líder socialista. Mas depois acabou por criticar a contradição entre aquilo que o Governo dizia sobre a necessidade de renegociação da ajuda e o que fazia “às escondidas”.

“Tenho pena que assuntos necessários sejam tratados como vimos na televisão", disse, para depois lamentar que o “Governo esteja às escondidas a conversar com o Governo alemão como nós assistimos na televisão”.

A reacção surgiu numa entrevista concedida à RTP1, onde Seguro precisou ainda outras das medidas constantes no acordo da troika com as quais não concordava. Citou a privatização das Águas de Portugal, da RTP, dos seguros da Caixa Geral de Depósitos, além do despedimento por inadaptação ao posto de trabalho. O líder do PS precisou melhor uma posição transmitida durante uma reunião interna do partido, em que assumiu não concordar com todas as decisões impostas pelo programa de resgate financeiro.

Sugerir correcção
Comentar