PSD nega alteração ao relatório sobre secretas

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Luís Montenegro não confirma nem desmente que pertença à mesma loja maçónica do ex-chefe das secretas Daniel Rocha

A vice-presidente da bancada do PSD, Teresa Leal Coelho, afirmou hoje que “não houve qualquer alteração ao relatório” social-democrata sobre a relação das secretas com a Maçonaria e referiu que a bancada mantém o documento que elaborou, com o “apoio” do líder parlamentar, Luís Montenegro.

O que existe é um segundo relatório a ser trabalhado com todos os partidos para ter conclusões comuns, acrescentou a deputada, acusando o PS de “má-fé” ao vir pedir explicações sobre alterações ao relatório sabendo que existe um “projecto” de relatório comum para ser discutido na comissão de Assuntos Constitucionais.

“Não houve nenhuma alteração ao relatório que se mantém intacto. O que existe é um projecto de relatório comum. Há uma claríssima má-fé do PS nesta matéria”, disse Teresa Leal Coelho, em conferência de imprensa, no Parlamento, quando confrontada com o desafio do deputado do PS Ricardo Rodrigues para explicar o motivo de ter retirado a afirmação sobre as ligações entre a maçonaria e os serviços de informação.

A deputada acusou os socialistas de não terem um relatório próprio sobre as conclusões das audições sobre o acesso a registos telefónicos do jornalista Nuno Simas por parte das secretas. “É precisamente quem não quis tirar conclusões que depois lança estas faíscas para a praça pública”, afirmou a deputada do PSD.

PS opõe-se a relatório sobre audições

Momentos depois, o deputado Ricardo Rodrigues explicou aos jornalistas, no Parlamento, que o PS se opõe a que o conteúdo das audições – que decorreram à porta fechada – seja plasmado num relatório. O socialista confirmou que essa é a razão pela qual o PS se absteve de apresentar um relatório próprio sobre as audições como fizeram todas as bancadas .

Teresa Leal Coelho esteve acompanhada de Luís Montenegro que foi confrontado com a notícia de hoje do Expresso de que pertence à mesma loja maçónica do que o ex-director do Serviços de Informações Estratégicas de Defesa (SIED). O líder parlamentar do PSD não confirma mas também não desmente. “O que é relevante é saber se algum deputado ou líder parlamentar coloca, no exercício das suas funções, outro interesse particular acima do interesse nacional”, afirmou, recusando responder directamente à pergunta sobre se é verdade que pertence à maçonaria.

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