Plano Estratégico de Transportes não inclui Aeroporto de Beja

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Infra-estrutura custou 33 milhões de euros Pedro Cunha

O Plano Estratégico dos Transportes (PET) aprovado pelo actual Governo para o período entre 2011 e 2015 e que estabelece os princípios orientadores da actuação do Ministério da Economia no sector das infra-estruturas e transportes, não faz referência ao aeroporto de Beja. O documento especifica que a ANA Aeroportos de Portugal, SA desenvolve a sua actuação na gestão da rede de sete aeroportos nacionais: Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada, Santa Maria, Horta e Flores.

A ausência de qualquer menção no PET ao aeroporto de Beja, reacendeu as críticas das forças políticas regionais por causa da continuada indefinição que paira sobre este novo equipamento, que está concluído desde Novembro de 2009, que custou 33 milhões de euros e que teve 798 passageiros, nos primeiros quatro meses e meio de vida.

O deputado socialista pelo círculo de Beja, Pita Ameixa, acredita nas potencialidades da nova infra-estrutura como um importante “pólo de desenvolvimento” regional, mas adverte para as consequências negativas se o actual Governo “não tirar partido da obra” que o anterior Executivo ergueu junto às instalações da Base Aérea n.º 11, nos arredores de Beja.
Para o deputado comunista João Ramos, a omissão do aeroporto de Beja no PET “é bastante preocupante ”. Pode ser “um lapso lamentável” ou um sinal revelador de que tanto o Governo como a ANA “não contam com o aeroporto de Beja” na rede de aeroportos nacionais.

Também Jorge Pulido Valente, presidente da Câmara de Beja (PS) se insurge contra a omissão, o que pode querer dizer que “o Governo está sem estratégia e sem objectivos” para o aeroporto alentejano.

Na resposta às críticas dos seus opositores políticos o presidente da Distrital de Beja do PSD, Mário Simões, argumenta que o PET refere que será “avaliada a conversão de outras infra-estruturas aeroportuárias existentes que permitam receber o eventual tráfego que não for possível acomodar no aeroporto da Portela”.

Uma tal caracterização daria preferência ao aeroporto de Beja presume Mário Simões, imputando responsabilidades à ANA – Aeroportos de Portugal e ao anterior Governo socialista, por não terem estabelecido qualquer estratégia para a nova infra-estrutura, durante seis anos de governação.

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