Milionário do grupo Galleon condenado a 11 anos de prisão

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Rajaratnam terá de renunciar a mais de 53 milhões de dólares Lucas Jackson/Reuters

Raj Rajaratnam, co-fundador do fundo de investimentos Galleon Group, foi hoje condenado a 11 anos de prisão por abuso de informação privilegiada. O milionário torna-se, assim, o culpado com a pena mais dura pela prática de insider trading.

Este tipo de crime acontece quando alguém usa informação privilegiada que não é do domínio público para conseguir lucros nos mercados. Rajaratnam fora declarado culpado em Maio por 14 acusações de fraude e conspiração por utilização de informação privilegiada em Wall Street em negociações do banco Goldman Sachs, do Google, do grupo Hilton ou da Intel. O milionário terá ganho, entre 2003 e 2009, cerca de 70 milhões de dólares (perto de 51 milhões de euros) de forma ilícita.

Os procuradores norte-americanos, que a Rajaratnam apelidaram a “face moderna” da prática ilegal de insider trading, pediam a condenação a, pelo menos, 19 anos e meio de prisão.

Os advogados do milionário, natural do Sri Lanka, pediam que a sentença fosse inferior, entre seis anos e meio e nove anos, alegando problemas de saúde. Terence Lynam, um dos advogados, contestou a condenação, comparando a pena à que é aplicada numa condenação por homicídio e de ser “mais severa do que [a decidida num caso de] uma agressão sexual”.

Rajaratnam terá de renunciar a mais de 53 milhões de dólares e pagar ainda outros dez milhões.

Para Robert Mintz, jurista e antigo procurador norte-americano ouvido pela AFP, “mesmo que a pena seja claramente inferior à que pedia a acusação, tendo em conta a idade e os problemas de saúde de Rajaratnam, continua a ser uma condenação muito severa”.

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