Fundação Centro Cultural de Belém nega existência de “saco azul”

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Fundação Centro Cultural de Belém nega declarações de Joe Berardo Enric Vives-Rubio/arquivo

O Conselho de Administração (CA) da Fundação Centro Cultural de Belém (FCCB) negou a existência de “qualquer ‘saco azul’” e desmentiu a opção de aplicar o dinheiro da Fundação “todo lá fora”, como referiu esta manhã em declarações à Lusa o comendador Joe Berardo. O empresário preside à Fundação de Arte Moderna e Contemporânea – Colecção Berardo, que celebrou um protocolo com o Estado, para a criação do Museu Berardo no antigo Centro de Exposições do CCB.

Em comunicado enviado às redacções, a FCCB esclareceu que as suas aplicações financeiras “foram todas realizadas junto de entidades financeiras nacionais” como o BPI e a Finantia, contrariando a informação, segundo Joe Berardo, de constarem, nas contas da FCCB, “investimentos de mais de oito milhões de euros no estrangeiro”.

O CA da FCCB adianta ainda que é das receitas próprias resultantes dessas aplicações financeiras em Portugal, “cerca de 600 mil euros” que é possível “assegurar, designadamente, o pagamento do funcionamento do Museu Colecção Berardo” que ronda os 1,4 milhões de euros por ano.

E acrescenta que os elementos referentes às aplicações financeiras da fundação “estão devidamente evidenciadas e discriminadas no Relatório e Contas relativo ao ano de 2010” que se pode consultar na Internet e “foi auditado por diversas entidades”.

O empresário diz ainda que não recebeu o dinheiro estabelecido no acordo com o Estado e que “não tem dinheiro para pagar salários este mês”, situação não mencionada pelo CCB no comunicado.

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