HP quer separar divisão de PC e abandona tablets

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O TouchPad, lançado em Junho, não foi bem sucedido Reuters/arquivo

A confirmação foi feita esta noite, poucas horas antes da conferência de apresentação de resultados e depois de a notícia ter sido antecipada por agências noticiosas como a Bloomberg e a Reuters.

Em comunicado, a HP esclareceu que “o conselho de administração autorizou a avaliação de alternativas estratégicas para o Personal System Group, incluíndo a separação da unidade de negócio dos PC, tornando-o uma empresa independente, através de um spin-off ou outra transacção”.

O anúncio da decisão é acompanhado por uma revisão em baixa das expectativas de receitas para este ano fiscal, que descem de 129 a 130 mil milhões de dólares para 127,2 a 127,6 mil milhões.

O negócio de fabrico de PC é rentável para a HP e constitui mesmo a maior fonte de receitas. Mas as margens são pequenas e a empresa decidiu que quer concentrar-se em fornecer serviços empresariais, particularmente online, através da chamada computação em nuvem, que têm margens de lucro maiores.

A HP posiciona-se assim para aprofundar a competição com os gigantes IBM e Oracle.

Na linha desta estratégia, a HP vai comprar uma empresa de software britânica chamada Autonomy, que oferece serviços empresariais na "nuvem". O negócio ronda os dez mil milhões de dólares (sete mil milhões de euros), representando um prémio de 58 por cento sobre a valorização bolsista da companhia ao longo do último mês. A empresa está listada na bolsa de Londres.

Entre outras funcionalidades, a tecnologia da Autonomy analisa a informação de vários tipos de ficheiro (desde documentos de texto e e-mails, a vídeos, ficheiros de som e sites), tornando-os pesquisáveis. O serviço é destinado a empresas.

A multinacional anunciou também que vai abandonar o fabrico de tablets e de smartphones. A HP pôs à venda, em Junho, o TouchPad, um tablet equipado com o sistema operativo WebOS, que é da própria HP, em resultado da compra da Palm. O TouchPad não está a ser bem sucedido e já teve um corte de 20 por cento no preço.

O WebOS, porém, será mantido. A empresa já tinha indiciado que poderia vir a licenciá-lo para uso por outros fabricantes de tablets e smartphones. No anúncio de hoje, afirma apenas que “vai continuar a explorar opções para optimizar o valor do WebOS”.

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