Perfil: Aguiar-Branco, ministro da Defesa

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Raquel Esperança

Será a segunda experiência governativa de José Pedro Aguiar-Branco. Em 2005, foi ministro da Justiça no curto executivo de Santana Lopes, mas foi a liderança da bancada parlamentar durante a liderança partidária de Manuela Ferreira Leite que lhe permitiu ganhar a notoriedade para se candidatar à liderança do partido no ano passado.

Seis anos depois, o social-democrata Aguiar-Branco regressa ao Governo, agora na Defesa, com a liderança da bancada parlamentar, a corrida à presidência do PSD e a terceira vez como cabeça de lista pelo Porto a somar ao currículo.

José Pedro Aguiar-Branco, nascido no Porto a 18 de Julho de 1957 e licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, conta com um extenso percurso político no PSD, que iniciou na JSD na década de 70.

O social-democrata entra agora o XIX Governo Constitucional, ficando responsável pela pasta da Defesa Nacional, depois de entre 2004 e 2005 ter sido ministro da Justiça do executivo liderado por Pedro Santana Lopes.

Aguiar-Branco chega ao Governo de Passos Coelho depois da corrida às legislativas de 5 de Junho como cabeça de lista pelo Porto – pela terceira vez consecutiva, depois das eleições de 2005 e de 2009 – nas quais o PSD venceu também no distrito, com a eleição de 17 deputados, com 39,14 por cento dos votos, contra os 12 de 2009 (onde os sociais democratas ficaram atrás do PS e conseguiram 29,14 por cento dos votos).Casado e com cinco filhos, o então líder da bancada parlamentar do PSD – apoiante de Manuela Ferreira Leite, assumiu o cargo na sequência da vitória, em 2008, da ex-líder do partido nas eleições internas – apresentou formalmente a sua candidatura à liderança laranja a 19 de Fevereiro de 2010.

No confronto interno – do qual saiu vitorioso o novo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho – Aguiar-Branco encontrou ainda Paulo Rangel – que o antecedeu na liderança da bancada parlamentar e foi seu secretário de Estado em 2004/2005 – e Castanheira Barros, tendo ficado em terceiro lugar.

Apresentando-se então como o candidato a presidente da Comissão Política Nacional do PSD, que se propunha a “unir”, no pós-eleições o advogado do Porto manteve o sentimento em torno de Passos Coelho, tendo abandonado a liderança da bancada parlamentar – para no seu lugar se sentar Miguel Macedo – mantendo as suas funções de deputado.

Aguiar-Branco foi então convidado por Passos Coelho para coordenar a comissão de revisão do Programa do PSD – o GENEPSD – tendo entregue, em Março deste ano, as conclusões dos trabalhos ao líder laranja.

O ex-presidente da Assembleia Municipal do Porto (entre 2005 e 2009) teceu duras críticas, nos últimos meses, à governação socialista de José Sócrates, registo que manteve durante toda a campanha para as eleições legislativas.

Aguiar-Branco é deputado desde 2005, tendo ainda sido membro da Comissão Política Nacional do PSD quando Marcelo Rebelo de Sousa era líder do partido, entre 1996 e 1998.

O ex-membro do Conselho Nacional social-democrata entre 1982 e 1984 e entre 1988 e 1990 integrou ainda as comissões de honra das candidaturas de Cavaco Silva à Presidência da República (1995) e de Rui Rio à Câmara do Porto (2001).

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