REFER afasta responsabilidades na morte de idoso na estação do Entroncamento

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Os autarcas do Entroncamento culpam a REFER pela falta de segurança na estação DR

A REFER afastou hoje responsabilidades na morte de um homem de 88 anos colhido por um comboio Alfa no domingo na estação do Entroncamento, garantindo que as condições de segurança estavam a funcionar e os avisos foram feitos.

“As condições de segurança no local estavam asseguradas, foram feitos os avisos normais sobre a aproximação de um comboio Alfa que não para na estação”, disse à agência Lusa o director de comunicação da REFER, José Santos Lopes.

O responsável explicou que passageiros na estação e um manobrador tentaram avisar o homem de 88 anos para não atravessar naquele momento, mas este não se terá apercebido e nem ouvido, até porque usava um aparelho auditivo, que já foi entregue pela REFER à Polícia Judiciária.

“O maquinista até vinha a uma velocidade mais reduzida e fez uma travagem de emergência, mas já não chegou a tempo”, contou José Santos Lopes, lamentando o acidente.

O homem de 88 anos regressava de Lisboa, onde tinha ido visitar a filha, e morreu ao ser colhido pelo comboio quando se preparava para atravessar a linha para ir buscar a sua bicicleta.

O director de comunicação escusou-se a fazer quaisquer comentários sobre a exigência do executivo da câmara municipal do Entroncamento de “imediata demissão” do presidente da Refer, Luís Pardal.

Em comunicado conjunto assinado pelo presidente da autarquia, Jaime Ramos (PSD), Alexandre Zagalo (PS) e Carlos Matias (BE), os autarcas afirmam que há muito vêm “denunciando a omissão criminosa de medidas que garantam a segurança de utentes e trabalhadores” na estação ferroviária do Entroncamento.

Os autarcas reclamam os investimentos “necessários, adequados e urgentes exigidos pela falta gritante de condições de segurança” na estação do Entroncamento.

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