Líder regional do CDS-PP diz que militantes merecem cargos

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O CDS-PP premeia "pelo esforço e pelo mérito", disse a líder da distrital de Beja Rui Gaudêncio (arquivo)

“Este é o momento…de se correr atrás de lugares…” assinalou ontem Sílvia Ramos, presidente da distrital de Beja do CDS-PP, aos microfones da emissora local Rádio Pax.

A dirigente popular deixou claro aos militantes do seu partido que lhes compete estar “nos devidos lugares, proporcionalmente ao nosso peso político e porque temos isso legitimado pelos votos que obtivemos”.

Sílvia Ramos acrescentou que o CDS-PP “é um partido que premeia pelo esforço e pelo mérito”, frisando que não quer o poder, mas apenas “o melhor para Portugal e para o distrito.”

“Este é o momento”, repetiu a presidente da distrital de Beja do CDS-PP, alertando os militantes do seu partido para o que espera o próximo Governo, que “será o mais desgastante de todos”, pois “o legado é amargo”.

Apesar das dificuldades, Sílvia Ramos expressou a convicção que o seu partido vai conseguir superar as obstáculos, argumentando que o CDS-PP é “a quarta força política” do distrito de Beja, depois de ter obtido “o melhor resultado de sempre” nas eleições do passado dia 5 de Junho.

E antecipando-se a eventuais dúvidas que possam surgir sobre o empenhamento do seu partido na região, Sílvia Ramos lembrou que a organização de que é responsável “levou dois anos em constante mobilidade pelo distrito e em várias áreas”.

Mesmo sem ter deputado eleito pelo circulo de Beja, Sílvia Ramos, garante que “irá representar o distrito” para que o Parlamento e o próximo Governo reconheçam “as potencialidades, as necessidades” do distrito e que “jamais seja esquecido no mapa”.

O PÚBLICO pediu a Sílvia Ramos esclarecimentos sobre o teor das suas declarações. A dirigente explicou que “quem tiver mérito comprovado” no desempenho do seu cargo “fica, independentemente da sua cor política”. Mas diz que “não vai abdicar” do que se julga com direito, “até para nos fazermos ouvir”.

Mário Simões, presidente da Distrital de Beja do PSD, reagiu com lacónico comentário: “ Este é o momento para guardar bom recato”.

Já o secretário-geral do CDS-PP, Lino Ramos, disse ao PÚBLICO que o partido “não terá, nem alimentará clientelas”. O CDS-PP, segundo Lino Ramos, “defende uma cultura de mérito na administração pública". "Isto significa uma posição muito firme contra o clientelismo”, acrescentou Ramos.

Notícia actualizada às 20h43
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