S.O.S. Educação envia à troika milhares e-mails contra cortes

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O S.O.S Educação já realizou diversas manifestações Adriano Miranda

Entre 30 a 40 mil e-mails foram enviados à troika que está a negociar a ajuda financeiro a Portugal pelos pais de alunos das escolas do ensino particular contra os cortes no financiamento, revelou esta segunda-feira o movimento S.O.S. Educação.

“Até ao momento já foram enviados entre 30 mil a 40 mil mensagens e queremos atingir as 100 mil”, afirmou em comunicado Luís Marinho, do S.O.S. Educação.

Nos emails enviados, a cujo modelo de texto a agência Lusa teve acesso, os pais dos alunos das escolas de ensino particular, sensibilizam a troika (que integra o Fundo Monetário Internacional, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu) para a necessidade de haver no país “liberdade de escolha da escola e a manutenção destas instituições para bem dos níveis de eficiência do ensino”.

Os pais afirmam que as escolas do ensino particular e cooperativo saem mil euros por ano mais baratas por aluno do que as escolas do Estado, para justificar a necessidade de se manterem com maiores níveis de financiamento pelo Ministério da Educação.

No email, referem que em Janeiro o Governo avançou com cortes de 30 por cento no financiamento, “um corte três vezes superior às escolas do Estado que obrigou muitos estudantes a irem para escolas do Estado”.

Os pais chamam a atenção que a medida traz “instabilidade” às escolas e conduz alguns ao “encerramento já no próximo ano lectivo”.

“Estas medidas vão matar de vez a liberdade de escola da escola em Portugal, criará um modelo de ensino enfraquecido e acentuará a pouca competitividade da economia no futuro pela fraca preparação das próximas gerações”, acrescentam.

O Governo vai deixar de financiar um total de 256 turmas de escolas do ensino particular ao abrigo dos contratos de associação, mais 42 do que o proposto no estudo da rede divulgado em Fevereiro.

A partir do próximo ano lectivo os contratos de associação com as escolas particulares são celebrados por um período de cinco anos, até nova avaliação das necessidades da rede pública.

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