Cavaco afirma que rapidez da crise política lhe reduziu acção preventiva

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Cavaco esteve no centenário da Universidade do Porto Nelson Garrrido

Cavaco Silva afirmou esta terça-feira que a rapidez com que a crise política evoluiu “reduziu substancialmente” a sua margem de manobra para actuar preventivamente na crise política.

“Esta questão passou muito rapidamente para o plano dos partidos e da Assembleia da República. Pela forma como o programa foi apresentado, pela falta de informação, pelas declarações que foram feitas quase nas primeiras horas ou até nos primeiros dias, tudo isso reduziu substancialmente a margem de manobra de um Presidente da República actuar preventivamente”, afirmou.

Em declarações aos jornalistas à saída da Universidade do Porto, o Presidente da República lembrou que está agendado um debate no Parlamento e, como tal, ele, “como último garante das instituições”, deve “actuar com muita ponderação, medindo as palavras com serenidade".

Cavaco Silva afirmou ainda que vai recolher o máximo de informação.

O Chefe de Estado recusou-se a comentar as afirmações de Mário Soares, que apelou à actuação do Presidente da República. “Não sou comentador político”, afirmou.

Antes, Cavaco Silva disse que “os imperativos de hoje não devem fazer privar o acesso dos mais carenciados ao ensino superior”. Numa intervenção na sessão solene dos 100 anos da Universidade do Porto, esta foi a referência mais directa que o Presidente da República fez à crise financeira e económica que o país vive.

Cavaco Silva traçou rasgados elogios à Universidade do Porto, que condecorou como Membro Honorário da Ordem Militar de Santiago de Espada.

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