Secretário de Estado das Obras Públicas nega derrapagem nos custos do aeroporto de Beja

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O aeroporto de Beja já está construído mas ainda não entrou em funcionamento PÚBLICO (arquivo)

O secretário de Estado das Obras Públicas negou hoje derrapagens nos custos do aeroporto de Beja, realçando que os investimentos de 39 milhões apontados pelo Tribunal de Contas apenas serão necessários caso seja necessário ampliar a pista.

“Não há qualquer derrapagem dos custos. Pelo contrário, há até uma redução do custo de investimento anunciado”, disse Paulo Campos.

De acordo com o governante, o investimento anunciado para o aeroporto de Beja foi de 33 milhões de euros e o “investimento concretizado necessário para a abertura da pista é de cerca de 30 milhões de euros”.

O secretário de Estado disse ainda que os investimentos adicionais de 39 milhões de euros que o Tribunal de Contas apontou como necessários para “operacionalizar o aeroporto” e “dar cobertura a défices de exploração” da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) até 2015 só serão necessários “para a segunda fase de ampliação” da pista. “Esses 39 milhões de euros como necessários para abrir este aeroporto são absolutamente imaginários. Aquilo que era necessário fazer está feito, agora são pequenos ajustamentos, nomeadamente para que a certificação possa ser obtida”, acrescentou.

O aeroporto de Beja, construído mas ainda sem funcionar, já custou quase 35,4 milhões de euros, mais do que o previsto, e poderá atingir um total de 74 milhões de euros, segundo o Tribunal de Contas (TC).

No relatório da auditoria ao aeroporto de Beja, hoje divulgado, o TC refere que o encargo público com o empreendimento já é de quase 35,4 milhões de euros, mais 1,3 milhões de euros do que os 34,1 milhões de euros inicialmente previstos no projecto aprovado. Além deste encargo, afirma o TC, será “ainda necessário despender mais 39 milhões de euros para operacionalizar o aeroporto” e “dar cobertura a défices de exploração” da EDAB até 2015.

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