Pista de Beja sem capacidade para receber aviões comerciais

A auditoria realizada pelo Tribunal de Contas ao projecto aeroportuário de Beja vem confirmar que, afinal, a pista da Base Aérea n.º 11 "continua a não ter a solidez necessária para ser utilizada por aviões comerciais".

A estrutura, construída em 1966 pela Força Aérea alemã, era constituída por lajes de betão, posteriormente reforçada em betão pré-esforçado.

Para poder receber aviões comerciais, necessita de "obras adicionais" que ascenderão a oito milhões de euros, antes mesmo da inauguração da infra-estrutura. Este facto, diz o TC, "deveu-se a erro no modelo utilizado" na avaliação das capacidades da pista, o que impediu a sua certificação por "não estar conforme" com os requisitos exigidos pelo Instituto Nacional da Aviação Civil.

O tribunal constatou que "não foram apuradas" pela EDAB "quaisquer responsabilidades" sobre este equívoco. A entidade visada garante que "a qualidade da pista tem sido demonstrada empiricamente pela operação continuada de pesos superiores às aeronaves civis".

Sugerir correcção
Comentar