Direito de Resposta: Câmara de Lisboa ocultou gastos de 228 mil euros

Na sequência da publicação no PÚBLICO, de 20 de Outubro de 2010, do artigo com o título Visita do Papa - Câmara ocultou gastos de 228 mil euros, venho, ao abrigo do Direito de Resposta, previsto no artigo 24 da Lei de Imprensa, esclarecer o seguinte:

É falso que a Câmara Municipal de Lisboa tenha ocultado ou sequer pudesse ocultar as verbas dispendidas por ocasião da visita de Sua Santidade o Papa Bento XVI a Lisboa.

A contabilidade municipal é pública e, no caso concreto, as verbas foram aliás publicitadas pela própria autarquia, que as inscreveu no Portal dos Contratos Públicos.

É também falso que a Câmara Municipal de Lisboa, e em particular o seu presidente, alguma vez tivessem dito que o apoio à visita papal não implicaria custos. Pelo contrário, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa afirmou repetidamente antes da realização da visita que a câmara estava "a fornecer toda a colaboração solicitada do ponto de vista logístico e operacional", in Diário Económico de 20 de Abril de 2010.

É totalmente falso que a Câmara Municipal de Lisboa tenha comparticipado nos custos do altar como insidiosamente o PÚBLICO escreve. Nem tal comparticipação lhe foi solicitada.

Os pagamentos à Multilem referem-se ao aluguer de tendas para acolher o coro e a comunicação social e ao aluguer e colocação de dois ecrãs (na Praça do Município e na Rua Augusta). Por fim, é nosso entendimento que é dever do Município, enquanto capital do País, colaborar na medida das suas possibilidades em eventos desta natureza, com esta dimensão e importância. E também é dever de laicidade respeitar a liberdade religiosa e ter uma relação positiva com as diferentes confissões.

António Costa, presidente da Câmara Municipal de LisboaN.D.:

Na resposta à solicitação da jornalista autora do artigo sobre os custos da visita do Papa para a autarquia, a Câmara de Lisboa mencionou apenas dois dos sete ajustes directos efectuados com empresas privadas.

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