Aeroporto de Beja já pode receber aviões civis mas desde que sem passageiros
O Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) aprovou "a utilização permanente" da infra-estrutura aeronáutica instalada na Base Aérea 11, em Beja, "por aeronaves civis", mas a autorização apenas "é válida" para operações de voos domésticos "sem passageiros".
De acordo com a comunicação de 6 de Agosto do INAC, a infra-estrutura poderá servir para "estacionamento de aeronaves" - que estejam a colocar problemas de congestionamento noutros aeroportos, nomeadamente o de Lisboa - e ainda "manutenção (de aeronaves) ou outras actividades".
Como esta autorização implica a utilização "exclusiva" de infra-estruturas militares, as condições de uso da pista estão ainda a ser debatidas com a Força Aérea Portuguesa e, como tal, sujeitas a divulgação posterior. O INAC esclarece que a utilização do já baptizado no plano de marketing Aeroporto Alentejo deverá evoluir por fases, incluindo a aprovação de novas valências, e à medida que estas forem sendo aprovadas, sem que sejam adiantados mais pormenores.
A ANA-Aeroportos de Portugal anunciou, em Dezembro de 2009, quando estavam terminados os trabalhos de construção da nova unidade aeroportuária, que custou ao Estado 33 milhões de euros, que a abertura ao tráfego civil do Aeroporto Alentejo, que tinha sido anunciada para o final de 2009, fora então adiada para Setembro de 2010 por não haver operadores interessados na sua utilização. Mais uma vez, este objectivo não se confirma.
Leonel Horta Ribeiro, director de Estratégia e Marketing Aeroportuário da ANA, citado pela Lusa, disse há cerca de um mês que o processo de certificação do novo aeroporto seria estabelecido por fases. Depois da recente autorização do INAC, só no "primeiro trimestre de 2011" a infra-estrutura poderá começar a receber passageiros. O funcionamento pleno, com o tráfego de aviões civis com passageiros e carga, quer em voos nacionais quer em internacionais, está previsto apenas para 2014.