Lista da Exame mostra que os ricos ficaram "mais pobres" em 2010
Se a fortuna dos mais ricos (ou melhor, se as fortunas de 18 dos 25 mais ricos) continua sujeita a dieta, deve dizer-se, também, que ela foi este ano menos rigorosa do que aquela a que foram forçados no ano passado e há dois. Na edição da revista Exame que chega hoje às bancas, podem encontrar-se algumas novidades neste ranking de 2010. Por exemplo, a entrada de Ilídio Pinho na lista dos 25 mais ricos de Portugal; a saída foi protagonizada por Manuel Fino.
A lista continua a ser liderada por Américo Amorim, que tem agora uma fortuna avaliada em 2188,4 milhões de euros (subiu 9,1 por cento face ao ano anterior), tendo o empresário (que tem na Corticeira Amorim e na Galp Energia os seus principais activos) sido um dos seis nomes da lista que viram o seu património aumentar.
A maior subida foi protagonizada por Alexandre Soares dos Santos, patrão da Jerónimo Martins, e quarto colocado nesta lista da Exame: passou dos 665 milhões de euros contabilizados em 2009 para 1015 milhões atingidos em 2010. A prestação em bolsa do título, que conseguiu uma "performance exuberante", como nota a Exame, justifica este aumento.
Foi também a bolsa quem penalizou Belmiro de Azevedo, que continua a perder fortuna, mas mantém o segundo lugar do ranking. Em 2010, o chairman da Sonae, proprietária do PÚBLICO, tem uma fortuna avaliada em 1300 milhões, o que representa uma queda de 10,8 por cento face ao ano anterior. Em 2007, Belmiro de Azevedo tinha uma fortuna avaliada em três mil milhões de euros, segundo a mesma revista.
Entre os seis que ficaram mais ricos, e para além do patrão da Jerónimo Martins e de Américo Amorim, merece também destaque a subida de 5,7 por cento conseguida pelo empresário da Delta Cafés, Rui Nabeiro.
Uma referência, ainda, aos milionários por herança, como são os casos de Maria Angelina Caetano, José Ramos e Salvador Acácio Caetano (com fortunas avaliadas nos 440 milhões de euros), as filhas de Horácio Roque e os irmãos Costa Leite.