Pagamentos à GNR complicam Volta a Portugal

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Enric Vives-Rubio (arquivo)

A Volta a Portugal em bicicleta de juniores poderá estar em risco devido aos valores pedidos pela GNR para fazer o policiamento da prova, revelou hoje a Associação de Ciclismo do Minho (ACM), responsável pela organização.

De acordo com uma carta enviada ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, a ACM revela que lhe foi “transmitida a necessidade de efectuar um pagamento antecipado da verba de 6375 euros para suportar os custos do destacamento eventual da GNR”, ao qual “será acrescido o montante exigido pela PSP para o policiamento apeado, estimando-se que o valor ronde os 1500 euros”.

“Na definição dos percursos da Volta a Portugal de juniores, tentámos ao máximo reduzir as necessidades de policiamento, mas, mesmo assim, somos agora confrontados (na véspera do arranque da prova) com a obrigatoriedade de pagar cerca de oito mil euros (!) pelo policiamento da GNR”, lê-se.

De acordo com a ACM, “por não ser praticado num recinto desportivo, o ciclismo é discriminado e não beneficia da comparticipação do Estado com os encargos do policiamento, nomeadamente através dos resultados de exploração dos jogos sociais”. “No decurso da tarde de hoje iremos decidir sobre a realização da Volta a Portugal de juniores, cujo início está marcado para amanhã (quinta-feira)”, lê-se no comunicado.

Qualquer que seja a decisão adotada, a ACM vai promover protestos, com a distribuição de cartazes, em que se pode ler que “Não é só o azar que pára o ciclismo, os custos com o policiamento também!”. Além da realização da Volta a Portugal de juniores, também a realização da Volta a Portugal de cadetes (6 a 8 de Agosto) poderá estar em causa.

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