Jardim pede demissão do ministro das Finanças

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O líder do PSD/Madeira acusou Teixeira dos Santos de ter "concepções económicas e financeiras" próximas do BE Adriano Miranda (arquivo)

Alberto João Jardim “aconselhou” hoje José Sócrates a demitir Teixeira dos Santos. “O primeiro-ministro é que tem de decidir: ou afunda-se nas mãos deste ministro das Finanças ou tem o salto genial de fazer uma remodelação de governo”, afirmou.

Com o relacionamento pacificado com o primeiro-ministro após à aprovação da lei de meios através da qual o Governo da República atribui 740 milhões à reconstrução das zonas atingidas pelo temporal, Jardim, que prometera derrubar Sócrates em 2009, revelou hoje que “neste momento, a minha luta é contra o ministro das Finanças”.

No final da reunião do conselho regional do PSD, o líder madeirense acusou Teixeira dos Santos de ter “concepções económicas e financeiras muito próximas do Bloco de Esquerda”, com as quais está, no seu entender “legítimo e livre”, a “prejudicar o país”.

Apesar de recentemente ter acordado com Sócrates que não é oportuno neste momento de austeridade negociar com Bruxelas novas isenções para a Zona Franca, Jardim acusou Teixeira dos Santos de, entre outras dificuldades levantadas à região, ser responsável pelo “boicote feito” ao Centro Internacional de Negócios da Madeira (CINM).

O PSD-M, no comunicado hoje distribuído, considera ser necessária celeridade nas negociações com a Comissão Europeia sobre os benefícios fiscais para a praça financeira madeirense. Expressa ainda a “preocupação” pelas “reservas que a Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais vem esgrimindo em relação ao CINM e que constituem uma colagem política aos intentos das organizações comunistas, PCP e ´Bloco`”.

O conselho regional do PSD-M manifestou também o seu apoio à “eventual” recandidatura do actual Presidente da República – “pesem embora algumas divergências factuais com Cavaco Silva, mormente quanto à promulgação do absurdo ´casamento gay´” – e “estranha que andem a fomentar divisões, aqueles mesmos que vêm primando pela ausência de posições firmes e coerentes quando se trata da ofensa a valores e princípios por parte dos sectores políticos comuno-socialistas e da maçonaria".

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