Lisboa: Mais de 170 casas da autarquia ocupadas de forma ilegal

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Habitação social na Musgueira Pedro Cunha

A Câmara de Lisboa tem mais de 170 casas ocupadas de forma abusiva, segundo dados recolhidos pelo pelouro da Habitação e hoje disponibilizados aos vereadores durante a reunião de câmara.

De acordo com estes dados, a que a Lusa teve acesso, entraram na autarquia nos primeiros cinco meses do ano (até 18 Maio) 3132 pedidos de habitação municipal, com uma média mensal de 700 pedidos, um enorme crescimento face à média de 100 por mês registada entre 2006 e 2009.

Face a este aumento de procura de habitações municipais, o pelouro da Habitação, liderado pela vereadora Helena Roseta, reconhece a necessidade de recorrer aos fogos municipais não ocupados e passíveis de atribuição, que precisam de obras de recuperação para poderem ser ocupados pelas famílias.

No âmbito dos bairros municipais, são 572 os fogos vagos que podem ser atribuídos, 120 dos quais já estão em obra e 442 não têm ainda reabilitação calendarizada.

Estão ainda vagos nos bairros municipais mais de 300 outros fogos, mas não são ainda atribuíveis por diversos motivos.

Foram registados nos bairros municipais 170 casos de habitações ocupadas indevidamente, enquanto no património disperso da autarquia foram detectadas duas destas situações.

Igualmente no património disperso a autarquia detectou mais de 200 (213) casas passíveis de serem atribuídas a famílias, 22 das quais já estão em obra, 79 têm obras já agendadas e 112 não têm reabilitação calendarizada.

No património disperso há mais de 370 casas vazias que não podem ser atribuídas a qualquer família porque ou estão em ruína e aguardam demolição (250), ou estão ligadas às contrapartidas assinadas com o Sporting (10) ou integradas no programa ‘Lisboa a Cores’ (32), da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL).

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