Sócrates considera moção de censura do PCP uma “irresponsabilidade total”

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Sócrates acusa o PCP de trabalhar não para "construir” mas “para destruir” João Henriques

O primeiro-ministro, José Sócrates, considerou hoje “lamentável e condenável” a posição de “irresponsabilidade total do PCP” por ter decido apresentar uma moção de censura ao Governo.

“É lamentável e condenável a posição de irresponsabilidade total do PCP. Num momento destes propor deitar o Governo abaixo não me parece a melhor solução para resolver qualquer problema em Portugal”, afirmou em conferência de imprensa, em Madrid.

O primeiro-ministro afirmou-se “habituado” a posições como estas por parte do PCP, considerando que nos últimos 30 anos os comunistas “nunca trabalharam para construir, para o diálogo ou para o compromisso” mas sempre “para destruir”. “Esta acção política está na linha do que têm sido estes 30 anos do PCP. Sempre que o PS está no governo o PCP acha que sua missão histórica é que esse governo acabe. Fazer da acção política um exercício tão sectário contra o governo não ajuda nada” sublinhou.

Sócrates defendeu que “o país precisa de partidos com posições construtivas e responsáveis que respondam ao interesse do país e não apenas à sua agenda política e táctica”.

Para José Sócrates a decisão do PCP é “reveladora de grande irresponsabilidade”. “Ninguém entende em Portugal que possa representar um contributo que seja para resolver qualquer problema do país. É sectária”, afirmou.

Questionado pelos jornalistas sobre qual pensa que vai ser a posição do PSD, maior partido da oposição, Sócrates remeteu essa questão para os sociais-democratas. “Não me compete a mim pronunciar. Compete ao PSD”, disse.

O PCP vai apresentar esta tarde uma moção de censura ao Governo na Assembleia da República, seguindo uma decisão tomada ontem em reunião do Comité Central. A moção de censura - a primeira enfrentada pelo governo minoritário de José Sócrates – vai ser discutida na sexta-feira.

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