A forma como o dia-a-dia dos portuenses será afectada pela visita do Papa Bento XVI à cidade só será revelada no próximo dia 4 de Maio, depois de uma reunião das forças de emergência e segurança onde ficará estabelecido, na totalidade, o percurso que a sua comitiva irá fazer e quais as artérias que ficarão com acesso proibido ou condicionado.

Os preparativos de toda a logística que envolve a celebração de uma missa, na Praça General Humberto Delgado, a 14 de Maio, estão a decorrer dentro da normalidade. Manuel Teixeira, chefe de gabinete do presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, disse mesmo, em conferência de imprensa, ontem, no Paço Episcopal, que, apesar de este ser "o maior desafio organizativo" que a autarquia enfrentou, o balanço, para já, "não podia ser mais positivo".

Aos poucos, vai sendo revelado como será cada um dos itens que encherá o altar, desde a cadeira onde Bento XVI se sentará para presidir à cerimónia (cátedra), até ao altar ou aos bancos dos acólitos. Ontem, além da divulgação destas imagens, estiveram presentes no paço representantes de autarquias, da marinha (que organizará as boas-vindas dos pescadores) e outras entidades que irão participar na construção de cada peça e também na elaboração das toalhas que vão cobrir o altar ou nos arranjos florais que enfeitarão toda a zona (todos nacionais e em tons de branco, amarelo e vermelho).

A logística incluirá 11 ecrãs gigantes espalhados pelos Aliados e redondezas, para que o Papa não passe despercebido. Entre os pormenores revelados, ficou a saber-se que a fonte dos Aliados vai ser coberta para albergar as pessoas com dificuldade motoras, que deverão dirigir-se à Igreja da Trindade para serem daí conduzidas a este local.

Questionado sobre os custos da visita, Américo Aguiar, adjunto do bispo do Porto, frisou que as contas serão apresentadas no final, mas que o mecenato paga por inteiro o altar e o material de imagem e som.