Capital próprio negativo da RTP "é situação anómala e preocupante"

Guilherme Costa, presidente da RTP, admitiu hoje que a existência de capitais próprios negativos na empresa que gere a televisão e a rádio do Estado "é uma situação anómala e preocupante", apesar da melhoria desde que o acordo de reestruturação financeira foi assinado em 2003.

A empresa registava no final de 2009 um capital próprio negativo em 592 milhões de euros, face aos 696,6 milhões de euros negativos um ano antes.

Na apresentação pública de resultados, o presidente da RTP recusou-se a falar sobre a eventual privatização da empresa e também sobre a possível renegociação dos contratos públicos de televisão e rádio.

"Prognósticos só no fim do jogo", reagiu Guilherme Costa.

A privatização é uma possibilidade admitida pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, mas só depois de ficar concluído o processo de reequilíbrio financeiro da empresa.

Está previsto que o acordo de reestruturação financeira esteja em vigor até 2013.

A operadora do Estado recebeu em 2009 fundos públicos de 237,2 milhões de euros, incluindo indemnizações compensatórias de 119,3 milhões de euros e as receitas da taxa de contribuição para o audiovisual (no total de 117,9 milhões de euros). Este montante representou uma subida de dois por cento face ao ano anterior.

Já as receitas comerciais desceram de 70,9 para 70,3 milhões de euros, incluindo vendas de publicidade de 48,6 milhões de euros, o que "face à conjuntura do mercado publicitário parece-nos que exprime uma boa capacidade de resistência", indicou o mesmo responsável.

Em 2008, a empresa tinha registado uma receita publicitária de 51,2 milhões de euros.

vigor até 2013.

Guilherme Costa, que falava na apresentação dos resultados de 2009, salientou que a empresa registou uma nova descida dos capitais próprios negativos, que passaram para 592 milhões de euros face aos 696,6 milhões de euros registados no final de 2008.

Já o passivo bancário também se reduziu, para 807,9 milhões de euros.

Quanto às receitas publicitárias, que estão afectas obrigatoriamente

Sugerir correcção
Comentar