Nuno Santos diz que as coisas não se passaram como Crespo as descreve

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"Estávamos em mesas diferentes e a conversa não se passou da forma como é descrita", disse Nuno Santos ao CM Rui Gaudêncio

Nuno Santos confirmou ao “Correio da Manhã” que esteve no restaurante onde estavam igualmente José Sócrates e os ministros Pedro Silva Pereira e Jorge Lacão, que terão dito naquela ocasião que o jornalista da SIC Mário Crespo era um “problema” que precisava de ser solucionado. O director de Programas da SIC discorda, porém, da forma como Crespo relatou o encontro.

De acordo com Nuno Santos, ele estava a almoçar com a apresentadora Bárbara Guimarães e os três governantes estavam noutra mesa. “Estávamos em mesas diferentes e a conversa não se passou da forma como é descrita", explicou Nuno Santos ao “Correio da Manhã”.

O “Correio da Manhã” recorda ainda que a conversa no restaurante ocorreu dias depois de o CM ter publicado que Mário Crespo é testemunha no processo de Moura Guedes contra o primeiro-ministro.

Mário Crespo, que ontem esteve nas Jornadas Parlamentares do CDS-PP, ao lado de Paulo Portas, em Guimarães, mantém a sua posição. "Houve um encontro. O resto não sei, porque não estava lá. Escrevi que as afirmações foram feitas por Sócrates, sem o Nuno contraditar e mantenho. Eu teria contraditado”, cita o “Correio da Manhã”.

O jornalista da SIC mantém ainda que, na alegada conversa entre o primeiro-ministro, o ministro dos Assuntos Parlamentares e o ministro da Presidência foi referido igualmente o nome de Medina Carreira como um "outro problema a solucionar". "Era preciso solucionar o problema Mário Crespo e Medina Carreira", disse ontem o jornalista da SIC.

Medina Carreira foi ministro das Finanças de um governo PS liderado por Mário Soares, mas rompeu com o partido e é hoje uma voz crítica das políticas socialistas. O economista participa no programa Plano Inclinado, da SIC-Notícias, moderado por Mário Crespo, e vai agora escrever o prefácio do livro do jornalista com as crónicas publicadas no "Jornal de Notícias", incluindo a última - que não foi publicada, por decisão do director, Leite Pereira - que marcou o fim das colaborações de Crespo com o jornal.

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