As obras da segunda empreitada “estão praticamente concluídas, só faltam pormenores” e “já estão a decorrer as inspecções”, disse o presidente da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB), José Queiroz.

“Quando terminarem as inspecções, se tudo estiver em condições, será assinado o auto de recepção provisória da obra”, o que irá acontecer “em breve” e marcar o fim oficial da empreitada, adiantou.

A entrada em funcionamento do aeroporto “está dependente da conclusão” do processo de certificação e da “inclusão formal” pelo Estado do Terminal Civil de Beja (as principais áreas operacionais continuarão na Base Aérea n.º 11 sob gestão militar) na concessão da ANA, disse o porta-voz da empresa, Rui Oliveira.

A inclusão espera-se “para breve”, previu, frisando que o Governo já aprovou o novo quadro legal das bases da concessão de serviço público aeroportuário à ANA e que abrange os aeroportos de Lisboa, Porto, Faro, Ponta Delgada, Santa Maria, Horta e Flores e “a exploração do Terminal Civil de Beja”.

“O caminho crítico passará pela certificação”, disse, explicando que “só após serem determinadas as acções necessárias à certificação se poderá programar a sua realização e estimar datas para a obtenção das necessárias autorizações”.

No passado dia 17 de Dezembro, o líder do projecto de integração do aeroporto de Beja na ANA, Jorge Arruda, disse que o processo de certificação do aeroporto, que está a decorrer, deverá durar “cerca de nove meses”, mas não se sabe quando a infra-estrutura poderá começar a operar.

Segundo Rui Oliveira, a ANA “está a avaliar manifestações de interesse de várias entidades” interessadas em instalar-se no terminal civil do aeroporto de Beja e tem “promovido contactos com outras”, nomeadamente das áreas da manutenção e pintura de aeronaves e de instrução e treino de pilotagem.

A ANA está a desenvolver “múltiplas actividades” para “promover o destino Alentejo e criar condições para fomentar a procura de voos directos para Beja”, como “contactos com operadores turísticos, hoteleiros e companhias aéreas”.

Depois de adjudicada a 26 de Janeiro de 2007 e do lançamento da primeira pedra no dia seguinte pelo primeiro-ministro José Sócrates, a primeira empreitada de construção do aeroporto de Beja arrancou em Abril daquele ano, teve atrasos e terminou em Julho de 2008, três meses após o previsto.

Na altura, o Governo previu que o aeroporto de Beja estaria operacional “até ao final de 2008”, o que ainda não se verificou.

A segunda empreitada, prevista durar seis meses e meio mas que já decorre há um ano e quatro meses, só arrancou no início de Setembro de 2008, 10 meses após o inicialmente previsto, devido a um impasse no concurso público.

O transporte de passageiros e de carga e a indústria aeronáutica são as apostas do aeroporto de Beja, que resulta do aproveitamento civil da BA11 e vai ficar a cinco minutos da cidade.

A construção do aeroporto, orçada em 33,1 milhões de euros, é financiada por verbas do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e contempladas nos programas de investimento e despesas de desenvolvimento da Administração Central de 2006, 2007 e 2008.