Administração do BPN já instaurou mais de 12 processos disciplinares a altos quadros do banco

A actual administração do BPN, designada pelo Governo após a nacionalização, revelou hoje que instaurou "mais de uma dúzia de processos disciplinares" a altos quadros do BPN e que "outros se avizinham".

"Há mais de uma dúzia de processos disciplinares que já estão em curso e outros que se avizinham", revelou Francisco Bandeira, escusando-se a revelar os nomes dos responsáveis do BPN cuja conduta motivou esta acção.

"São quadros de topo", acrescentou José Lourenço Soares, um dos sete administradores da equipa liderada por Francisco Bandeira.

Mário Gaspar, Norberto Rosa, Pedro Cardoso, Rui Pedra e Jorge Pessoa são os restantes membros do actual conselho de administração do BPN.

"Para suspender alguém que trabalha num banco é preciso ter as coisas claras", sublinhou Francisco Bandeira.

"Quando chegámos não havia nenhum [processo disciplinar levantado a funcionários do BPN]", revelou o presidente do banco nacionalizado há seis meses, acrescentando que "há quadros suspensos disciplinarmente e há alguns que estão sem atribuição de funções".

Na saída da conferência de imprensa, Francisco Bandeira ainda teve tempo de dizer aos jornalistas que também estão a ser investigados o aumento dos prémios aos administradores do BPN decidido pela administração transitória liderada por Abdool Vakil.

"Estamos a analisar o processo dos administradores anteriores que se aumentaram em 2008", frisou, excluindo tratar-se da administração liderada por Miguel Cadilhe.

Sobre Miguel Cadilhe, Francisco Bandeira só disse que a sua contratação foi da responsabilidade da SLN.

Sugerir correcção
Comentar