SLN reclama indemnização pela nacionalização do BPN

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Sociedade Lusa de Negócios, a antiga dona do BPN, pretende receber do Estado 403,8 milhões de euros José Carlos Coelho (arquivo)

A Sociedade Lusa de Negócios (SLN) considera que tem direito a receber uma indemnização do Estado português pela nacionalização do BPN há seis meses, segundo apurou a agência Lusa junto de fonte oficial do grupo.

“A nossa convicção é que existem valores a receber”, revelou hoje à Lusa fonte oficial da SLN, acrescentando que “de certeza que, à data da nacionalização, aquele activo [BPN] valia mais do que zero”.

A SLN sublinhou que tem informação de que “o activo do banco está avaliado em 430 milhões de euros”, adiantando que irá tomar uma posição “após uma análise cuidada”.

O Ministério das Finanças revelou ontem que não vai indemnizar o anterior accionista único do BPN, a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), pela nacionalização do banco há seis meses.

Valor “negativo” patrimonial e financeiro

“Considerando o valor negativo da situação patrimonial e financeira do BPN, apurado na sequência das avaliações realizadas, nos termos legais (artigo 5º, nº1 do regime jurídico da apropriação pública), por duas entidades independentes, o ministro de Estado e das Finanças propõe-se determinar que não seja devida qualquer indemnização ao anterior accionista do BPN”, anunciou em comunicado o Ministério das Finanças.

A Sociedade Lusa de Negócios (SLN), a antiga dona do BPN, pretende receber do Estado, como indemnização decorrente da nacionalização do banco, 403,8 milhões de euros, como revelou recentemente o actual presidente da empresa, Fernando Lima, na apresentação das contas da “holding”, que teve prejuízos em trono de 170 milhões em 2008.

“A SLN foi [quarta-feira] informada que não tem nada a receber do Estado”, confirmou fonte oficial do grupo, que adiantou ainda que vai aproveitar os 15 dias de que dispõe para analisar a questão e “depois pronunciar-se-á sobre o assunto”.

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