BPN gerou "buraco" de 1800 milhões de euros

Norberto Rosa diz que auditoria da Delloite não contou com avaliação de imoveis, companhias de seguros e BPN Caymam, IFI e Banco Insular
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Norberto Rosa diz que auditoria da Delloite não contou com avaliação de imoveis, companhias de seguros e BPN Caymam, IFI e Banco Insular Carlos Lopes (arquivo)
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Este valor, anunciado pelo actual administrador do BPN, é pelo menos o dobro do que tinha sido detectado pela auditoria realizada a pedido da anterior gestão de Miguel Cadilhe.

No final do ano passado, o BPN foi nacionalizado e a sua gestão e os mais de 300 mil clientes passaram para a esfera da CGD, onde Norberto Rosa ocupava um lugar na administração.

Aos deputados, Norberto Rosa explicou que as imparidades, avaliadas em 1800 milhões de euros, "reflectem não só os créditos que estavam sedeados no próprio BPN, mas também no BPN Cayman, no BPN IFI e no Banco Insular", desde a nacionalização do banco, em inícios de Dezembro.

Na auditoria feita então pela Delloite tinham sido identificadas imparidades de 700 milhões, mas Norberto Rosa avançou algumas explicações para a diferença de valores. "Na altura tinha sido feita uma auditoria excepcional e tinha encontrado um conjunto de insuficiências - imparidades - que apontava para 700 milhões de euros, mas os próprios auditores referiram que a auditoria era muito parcial, não abrangia avaliação de imoveis, companhias de seguros e BPN Caymam, IFI e Banco Insular. O valor era muito baixo", explicou.

"A situação do banco, quando da nacionalização, verificámos que a situação era insustentável quer em termos de liquidez quer em situação patrimonial do banco", disse ainda Norberto Rosa.