Adjudicadas a 26 de Janeiro e lançada a primeira pedra no dia seguinte pelo primeiro-ministro, José Sócrates, a instalação dos estaleiros só começou no passado dia 19 de Março.

"Após a montagem dos estaleiros, que termina no final da próxima semana, seguem-se, dia 16, as terraplanagens", que marcam o arranque efectivo das obras de construção do aeroporto, explicou José Queirós, presidente da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB).

O responsável falava durante uma conferência de imprensa, realizada esta manhã nos estaleiros da obra, durante a qual o governador civil de Beja fez um balanço dos dois anos do projecto. Depois do início “atribulado” do aeroporto, Manuel Monge manifestou-se satisfeito por ver “as máquinas no terreno” para construir o que disse ser "o projecto mais simbólico e o mais significativo para o futuro da região".

Presente na iniciativa, José Queirós garantiu que a EDAB e empreiteiro "estão a cumprir os compromissos e os prazos previstos", mostrando-se convicto de que, se o calendário for cumprindo na íntegra, o aeroporto de Beja estará "operacional entre o segundo e o terceiro trimestres de 2008".

Orçadas em dez milhões de euros, as primeiras obras da primeira fase do Plano de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, previstas para durar um ano, incluem terraplanagens e a construção de placas de estacionamento, áreas operacionais e estradas de ligação às pistas da antiga Base Aérea nº 11.

A EDAB está, actualmente, a fazer o projecto de execução da segunda empreitada, a construção dos edifícios (terminal de passageiros e carga, edifício de serviços e de bombeiros, material de placa e portaria), que deverá estar concluído ainda este mês, seguindo-se em Maio o lançamento do concurso público.

Ainda este ano deve também ser lançado o concurso para a terceira empreitada, que inclui a construção de uma estação de tratamento de águas residuais e de um terminal de abastecimento de combustíveis.

A construção do aeroporto, num investimento global de 33,1 milhões de euros para apostar no transporte de passageiros e de carga, além da manutenção de aeronaves, será financiada, em 30 por cento, pelo Orçamento de Estado com verbas já contempladas no Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC). Os restantes 70 por cento serão garantidos por fundos comunitários, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).