Brasil: corpo do português morto no acidente aéreo já foi identificado

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O local onde se despenhou o avião é de difícil acesso EPA (arquivo)

O corpo do empresário português António Armindo, que morreu na queda de um Boeing 737-800 da companhia aérea brasileira Gol, na Amazónia, já foi identificado e deverá chegar a Portugal na próxima quarta-feira.

Os familiares de António Armindo, que estão em Brasília, disseram hoje à agência Lusa que o corpo do empresário foi reconhecido ontem graças aos seus registos dentários.

O filho de António Armindo, Leandro, lembrou-se de que o pai havia feito recentemente um tratamento dentário em Salvador e solicitou ao dentista o raio-X dos dentes, o que possibilitou a identificação do corpo.

O corpo do empresário português segue esta manhã para São Paulo, onde a empresa ABC Empreendimentos de Luto irá preparar o cadáver para ser trasladado para Portugal.

Os familiares da vítima - o filho Leandro, a filha Janete e o irmão Dionísio - vão acompanhar a trasladação do corpo para São Paulo e depois para o Porto, onde deverá chegar na próxima quarta-feira de manhã. O velório e o funeral serão realizados em Matosinhos.

Jacto não voava à altitude prevista

O Boeing da Gol, que fazia o voo entre Manaus e Rio de Janeiro, com escala prevista em Brasília, despenhou-se em plena selva amazónica, no estado do Mato Grosso, no dia 29 de Setembro, depois de ter chocado em pleno voo com um jacto Legacy, pilotado por norte-americanos.

O Legacy conseguiu fazer uma aterragem de emergência e as sete pessoas que estavam a bordo escaparam ilesas.

As investigações sobre o acidente estão em curso, mas já se sabe que os pilotos do Legacy voavam a uma altitude não prevista no seu plano de voo.

Os pilotos norte-americanos afirmaram que o plano elaborado pela Embraer (a fabricante do jacto) previa uma altitude de 37 mil pés de São Paulo a Manaus, mas o mesmo plano estipulava que o Legacy deveria mudar de altitude depois de passar por Brasília.

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