Enfermeiros do bloco operatório do Amadora-Sintra em greve a 14 e 15 Dezembro

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O hospital nega que haja alguma intenção de substituir enfermeiros por outros profissionais Adriano Miranda/PÚBLICO

Os enfermeiros do bloco operatório do Hospital Amadora-Sintra vão fazer greve a 14 e 15 de Dezembro contra a "substituição ilegal" destes profissionais por técnicos auxiliares e contra "represálias" alegadamente em curso naquela instituição, disse hoje fonte sindical.

Durante uma acção de sensibilização dos utentes realizada esta manhã em frente ao Hospital, o dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses Rui Santos anunciou hoje que a 14 e 15 de Dezembro os enfermeiros do bloco operatório daquela instituição vão fazer uma greve que "se perspectiva com fortíssima adesão".

"Esta greve é de protesto contra a formação de auxiliares de acção médica de nível 2 (para substituição dos enfermeiros) e contra as represálias em curso e o clima de medo e de terror no Amadora-Sintra", disse.

Relativamente às alegadas represálias, Rui Santos especificou que a administração do Hospital desde Setembro "transfere de serviço de 15 em 15 dias um enfermeiro importante". De acordo com o sindicalista, estes "castigos" começaram a surgir na sequência da oposição dos enfermeiros em Agosto a que os auxiliares começassem a trabalhar.

Hospital nega intenção de substituir enfermeiros por auxiliares

Reagindo às críticas do sindicato, o Hospital Amadora-Sintra nega, em comunicado, que haja alguma intenção de substituir enfermeiros por outros profissionais e afirmou que as transferências de serviço destes trabalhadores são "naturais" e "frequentes".

A Comissão Executiva do Hospital Fernando Fonseca afirmou que "tem sido reiteradamente afirmado e provado que não existe qualquer tipo de intenção de substituir enfermeiros por outros profissionais".

De acordo com o mesmo documento, a distribuição de tarefas aos auxiliares de acção médica, a sua orientação e a sua supervisão estão a cargo dos enfermeiros ou de outros técnicos com funções de responsabilidade em todos os serviços do Hospital.

A comissão executiva afirma ainda que as transferências entre serviços visam melhorar a gestão dos recursos humanos, no sentido de "zelar pela qualidade dos cuidados prestados ao doente e do bom funcionamento dos serviços".

O Hospital considera "não só naturais, como frequentes" estas transferências, e "estranha" a tomada de posição do sindicato, que "sempre referiu que as transferências são matéria da exclusiva competência da Administração".

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