Sindicato quer reposição do dinheiro do fundo de pensões dos Correios

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O sindicato acha que a intenção do Governo não é honesta, ao pretender desviar o Fundo de Pensões dos CTT para a Caixa Geral de Aposentações PÚBLICO

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT) não se opõe à integração do Fundo de Pensões dos CTT-Correios de Portugal na Caixa Geral de Aposentações (CGA), desde que o Estado reponha o dinheiro em falta.

Hoje, a imprensa sugere a intenção de o Governo transferir o fundo dos trabalhadores dos Correios para a CGA. O sindicato até aceita, desde que o Estado reponha o valor de mil milhões de euros em falta e que os activos actuais, avaliados em igual montante, fiquem cativos na CGA.

O SNTCT entende que o não cumprimento dessa medida irá sobrecarregar a instituição (CGA) e "pôr em risco o futuro dos seus subscritores directos", refere um seu comunicado.

Para o sindicato, a concretização da proposta tem vários propósitos, a começar pela necessidade de "manter o défice das contas públicas abaixo de três por cento do Produto Interno Bruto" e, dessa forma, "mostrar 'serviço' a Bruxelas".

Uma segunda intenção será "sobrecarregar a CGA e por via disso abrir caminho a uma mexida nas condições e redução do valor das aposentações". Um outro objectivo, refere o SNTCT, poderá ser a "retirada aos CTT do ónus do pagamento do défice/buraco do Fundo de Pensões dos CTT e abrir caminho à privatização de sectores rentáveis da empresa".

O sindicato pensa que o objectivo do Governo não é salvaguardar o futuro dos 22.500 trabalhadores e aposentados dos CTT e como tal marcou para 1 de Julho uma reunião com a Federação dos Sindicatos da Função Pública para tratar este assunto.

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