Submarinos alemães com preço mais vantajoso

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A fase final do concurso dos submarinos ocorre nas vésperas da deslocação do primeiro-ministro aos EUA Inácio Rosa/Lusa

Segundo o PÚBLICO apurou, os alemães apresentaram um preço 5 a 35 milhões de euros mais barato do que o do consórcio francês DCN nas três versões solicitadas: sem AIP (Air-Independent Propulsion), preparado para AIP e com AIP. A DCN manteve as suas contrapartidas nos 200 por cento, enquanto que a GSC manteve nos 100 por cento. No entanto, dado o historial de fraca concretização de contrapartidas nos negócios de armamento feitos pelo Estado português, Paulo Portas pode dar maior importância aos valores de custos dos equipamentos.

Nas anteriores propostas, quando o Estado português ainda estava interessado em adquirir três submarinos, eram os franceses quem apresentavam os preços mais baratos. O valor dos três submarinos rondava os 1,2 mil milhões de euros. Na Lei de Programação Militar, estão inscritos 983 milhões de euros para a capacidade submarina até 2026.

Quando o Governo decidiu baixar de três para dois submarinos, Paulo Portas introduziu novas condições para o futuro contrato que terão sido respeitadas, como a cedência de submarinos de substituição no hiato entre o abate dos submarinos velhos e a chegada dos novos, obras nas bases navais de Lisboa e Alfeite, cooperação na concepção do navio polivalente logístico que vai ser construído nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), fornecimento de torpedos.

A GSC tem vantagem no capítulo do navio polivalente logístico, uma vez que este consórcio engloba a HDW, empresa de estaleiros de capital 100 por cento norte-americanos que detém uma participação nos ENVC. Aliás, a DCN teve dificuldade em apresentar uma proposta nesta área do navio polivalente logístico tendo pedido um adiamento do prazo final de entrega das propostas, que foi negado pelo ministério.

A fase final do concurso dos submarinos ocorre nas vésperas da deslocação do primeiro-ministro aos EUA.

Com o ministro da Defesa ausente na Arábia Saudita, as orientações foram para a máxima discrição neste processo por parte dos consórcios.

Ontem, Paulo Portas encontrou-se com o ministro da Defesa e da Aviação, o príncipe Sultan Bin Abdel Aziz, tendo ficado decidido a assinatura de um acordo de cooperação entre os ministérios da Defesa dos dois países que prevê, entre outras coisas, uma troca de oficiais entre os Institutos de Altos Estudos Militares e as academias dos dois países.

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