Quarta revolução industrial levará à perda de cinco milhões de empregos em cinco anos
As principais economias mundiais serão as mais afectadas, revela relatório que vai ser divulgado pelo Fórum Económico Mundial.
A quarta revolução industrial pode causar a perda de cinco milhões de empregos em cinco anos nas principais economias mundiais, alerta um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), que organiza o fórum em Davos.
A quarta revolução industrial "irá causar grande perturbação não só sobre o modelo de negócio, mas também no mercado de trabalho durante os próximos cinco anos", disse o relatório divulgado antes do Fórum de Davos, que começa na quarta-feira.
Depois da primeira revolução (advento da máquina a vapor), da segunda (electricidade, linha de montagem) e da terceira (eletrónica, robótica) vem a quarta que combina diversos factores no trabalho, como a Internet e os dados que transformam a economia. Estas alterações resultam numa perda líquida de mais de cinco milhões de empregos nos 15 principais países desenvolvidos e emergentes, diz o FEM que analisou a situação em economias como a dos Estados Unidos, Alemanha, França, China e Brasil.
"São precisas medidas urgentes e concretas para esta transição, a médio prazo, e criar um grupo de trabalho com competências para o futuro, os governos terão de enfrentar um aumento constante do desemprego e da desigualdade" alerta o presidente e fundador do FEM, Klaus Schwab, em um comunicado.
Segundo outro estudo do Fórum de Davos, a quarta revolução industrial também terá consequências para as mulheres. "O peso da perda de postos de trabalho como resultado da automação e da desintermediação da quarta revolução industrial terá um impacto relativamente equitativo entre homens e mulheres", dos cinco milhões que vão perder o emprego, 52% são homens e 48% mulheres, revela o relatório.