António Guterres em debate com todos os seus concorrentes

É na noite de 12 de Julho que os onze adversários vão responder às dez perguntas seleccionadas.

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Só no final do Verão se saberá o futuro de António Guterres Daniel Rocha

António Guterres, candidato a secretário-geral das Nações Unidas, vai participar, a 12 de Julho, num debate com todos os concorrentes, na sede da ONU, em Nova Iorque, nove dias antes da primeira apreciação das candidaturas.

O presidente da mesa da Assembleia-geral (AG) da ONU convidou todos os candidatos para um fórum temático sobre Direitos Humanos, a 12 e 13 de Julho, que inclui um debate entre todos os 11 concorrentes, na noite de 12 de Julho, nas instalações das Nações Unidas, de acordo com a carta a que a Lusa teve acesso.

Ainda segundo a carta, foram enviadas mais de 1500 perguntas por organizações da sociedade civil de 70 países para serem respondidas pelas candidaturas, das quais a ONU escolheu dez.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai realizar em 21 de Julho a que se espera ser a primeira de muitas votações secretas para escolher o próximo secretário-geral.

Espera-se que o Conselho, integrado por 15 Estados, decida até Outubro um único candidato, que vai ser depois apresentado à AG para obter o aval desta, antes de suceder a Ban Ki-moon, a 1 de Janeiro.

A decisão, porém, acaba por depender dos membros permanentes do Conselho – China, EUA, Federação Russa, França e Reino Unido –, que têm poder de veto.

Já existem 11 candidatos ao cargo, cinco dos quais mulheres, mas é esperado nos círculos diplomáticos que aquele número aumente.

Entre os candidatos mais fortes estão o antigo primeiro-ministro português que liderou a agência da ONU para os refugiados, António Guterres, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Susana Malcorra, e a antiga chefe do governo neozelandês e dirigente do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Helen Clark.

Tem havido apelos para que seja escolhida uma mulher para liderar a ONU pela primeira vez e vários países da Europa central e oriental têm pressionado para que o futuro líder seja da sua região.

A dirigente da ONU para a educação, ciência e cultura, a búlgara Irina Bokova, o antigo Presidente da Eslovénia, Danilo Turk, o ministro dos Negócios Estrangeiros eslovaco, Miroslav Lajcak, estão entre os oito candidatos oriundos da região.

Durante a votação, cada um dos 15 membros do Conselho vai ser solicitado para indicar se “encoraja”, “desencoraja” ou “não tem opinião” sobre os candidatos.

O resultado da votação vai ser comunicado aos candidatos, o que lhe dá uma indicação sobre o nível de apoio que têm no Conselho e se devem ou não sair da corrida.

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