Chega agenda debate de urgência no Parlamento sobre segurança
André Ventura diz que escreveu ao Presidente da República a pedir que convoque uma reunião do Conselho de Estado sobre a mesma matéria.
O Chega vai agendar um debate no Parlamento sobre a segurança em Portugal, anunciou este sábado o líder do partido, que indicou também que pediu ao Presidente da República para convocar o Conselho de Estado sobre o mesmo assunto.
Em conferência de imprensa na sede nacional do Chega, em Lisboa, André Ventura abordou o tiroteio desta sexta-feira num centro comercial em Viseu - que fez um morto e dois feridos ligeiros - para alegar que os portugueses estão a viver um "dia-a-dia de violência".
"Decidimos, por isso, convocar a Assembleia da República para um debate de urgência na terça-feira, dia 07 [de Janeiro], sobre o estado da segurança em Portugal. Após os eventos ocorridos ontem, o Parlamento tem de tomar decisões sobre o que quer fazer", disse.
Ventura afirmou que o objectivo do debate é procurar chegar a consensos para criar um "pacote contra a insegurança, aprovado no Parlamento e em vigor em todo o território nacional" que vise "combater as armas ilegais, aumentar penas para crimes relacionados com o crime organizado, com o tráfico de droga, de seres humanos e a criação de redes de prostituição".
Além deste agendamento potestativo, André Ventura afirmou também que escreveu ao Presidente da República para lhe pedir que convoque uma reunião do Conselho de Estado sobre a mesma temática.
O líder do Chega reconheceu que, segundo a lei, só o Presidente da República é que pode convocar reuniões do Conselho de Estado, mas afirmou ter tomado a iniciativa de lhe escrever por considerar que Marcelo Rebelo de Sousa precisa de "ter uma palavra sobre o estado da insegurança em Portugal".
"É tempo de o mais alto magistrado da Nação, que noutros momentos falou sobre tudo e mais alguma coisa, tenha a coragem, mesmo que não seja politicamente correcto, de dizer aos portugueses que vivemos tempos de insegurança e que tudo fará para combater essa insegurança", afirmou.