Moçambique em perigo de se transformar num novo Haiti

Director de ONG moçambicana acusa polícia de libertar presos e de execuções e teme que as armas que caíram nas mãos de populares levem à criação de gangs. Esta semana morreram 134 pessoas.

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Os protestos em Moçambique deverão continuar para a semana PAULO JULIÂO / LUSA
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A multinacional britânica Gemfields anunciou esta sexta-feira – no mesmo dia em que o candidato presidencial Venâncio Mondlane comunicou que na segunda-feira revelará os pormenores da nova fase de protestos pós-eleitorais em Moçambique – que resolveu parar por razões de segurança a actividade na sua mina de rubis de Montepuez, em Cabo Delgado. São apenas dois sinais de que a crise político-social no país africano está para durar e, muito provavelmente, nem a tomada de posse do Presidente eleito, Daniel Chapo, a 15 de Janeiro, trará o ponto final nas manifestações e na violência de mais dois meses.

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