AL concentrou 37% das dormidas turísticas no primeiro semestre

Portugal deteve em Junho a sétima posição entre os países com mais dormidas em AL, segundo o Eurostat, mas passa para o sexto lugar se forem contabilizados apenas os turistas estrangeiros.

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Dormidas em AL subiram 13,6% no primeiro semestre, acima da hotelaria Daniel Rocha
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O segmento do alojamento local (AL) foi responsável por 18 milhões e 48 mil dormidas de turistas em Portugal no primeiro semestre deste ano, de acordo com os dados disponíveis no Eurostat, o que representa 37,4% do total de dormidas registadas nesse período.

O restante, com 30 milhões e 157 mil dormidas, coube aos outros alojamentos, com destaque para a hotelaria e onde se incluem também unidades de turismo no espaço rural e de turismo de habitação.

Este último indicador é obtido através dos dados mensais da actividade turística do INE, que não contabilizam ainda os AL com menos de dez camas (e que são a maioria). Assim, para se chegar ao valor total, e evitar repetições, foram deduzidos os dados do INE os AL ali contabilizados.

Ao todo, houve assim 48 milhões e 206 mil dormidas no primeiro semestre deste ano (período de novos recordes), analisando as duas fontes de dados, o que dá uma subida de 7,5% face a idêntico período de 2023.

O principal impulso veio do AL, que subiu 13,6% em dormidas no período em análise, enquanto os alojamentos contabilizados pelo INE cresceram 4,1%. No primeiro semestre do ano passado, o peso do AL no sector, cruzando os dados deste instituto com os do Eurostat, era de 35,4%.

O peso dos turistas estrangeiros é mais evidente no aluguer de curta duração: em Junho, mês em que houve quatro milhões e 588 mil dormidas em AL em Portugal, os turistas de outros países representaram cerca de 85% do total, enquanto nos outros estabelecimentos (com seis milhões e 623 mil dormidas) o peso foi da ordem dos 70%.

Em termos europeus (contabilizando os 27 países da UE), Portugal deteve em Junho a sétima posição entre os países com mais dormidas em AL, abaixo da França, Espanha, Itália, Grécia, Alemanha e Croácia, segundo o Eurostat. No entanto, o país muda para a sexta posição, acima da Alemanha, se forem contabilizados apenas os hóspedes estrangeiros neste primeiro mês ligado ao Verão.

Nos primeiros seis meses, de acordo com os dados do Banco de Portugal, as receitas do sector do turismo (medidas pelas exportações) foram de 11.566 milhões de euros, mais 11% em termos homólogos.

Na semana passada, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, afirmou, citado pela Lusa, que a expectativa do Governo é chegar aos 27 mil milhões de receitas no final deste ano, o que significaria uma subida de 7,6% face a 2023. No ano que vem, a perspectiva “é de crescer na ordem dos 9%”, referiu ainda Pedro Machado.

Estas subidas são superiores às previstas pelo FMI, que estima um crescimento de 4,4% este ano e de 4,2% no ano que vem. Para já, os dados oficiais do Banco de Portugal mostram que nos primeiros nove meses o valor das receitas foi de 22.233 milhões de euros, mais 9,1% face a idêntico período de 2023.

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