Melania Trump não aceitou convite de Jill Biden para tomar chá na Casa Branca

Em 2020, a mulher de Donald Trump não convidou a futura primeira-dama para tomar chá. Como tal, desta vez, também era expectável que não acompanhasse o marido à Casa Branca.

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Donald e Melania Trump na noite eleitoral a 5 de Novembro Brian Snyder/Reuters

A futura primeira-dama, Melania Trump, não aceitou o convite para tomar chá com Jill Biden na Casa Branca nesta quarta-feira, altura em que Donald Trump foi recebido por Joe Biden na Sala Oval para dar início à transição. Apesar de não ter justificado o motivo por que decidiu quebrar a tradição seguida há várias décadas, Melania publicou um comunicado no X (antigo Twitter) onde anunciava a sua ausência e deixava uma alfinetada à imprensa. “Várias fontes anónimas dos meios de comunicação social continuam a fornecer informações falsas, enganosas e inexactas”, escreveu a página oficial.

Tradicionalmente, as duas primeiras-damas encontram-se para tomar um chá e fazer uma visita à Casa Branca. Mas Melania, que já conhece os cantos à casa, terá decidido não aceitar o convite, até porque, em 2020, ela própria não convidou Jill Biden para um encontro — nessa altura, Trump insistia que tinha vencido as eleições em vez de Joe Biden.

Nesta semana, a Casa Branca informou que Jill Biden tinha enviado uma carta de parabéns a Melania Trump, onde também sublinhava a disponibilidade para auxiliar na transição entre as duas administrações. Ao The New York Times, fonte do gabinete da actual primeira-dama confirmou que já era expectável que Melania rejeitasse o convite, visto que também não recebeu o casal Biden em 2020.

Ao contrário deste ano, em 2016, Melania foi recebida por Michelle Obama, então primeira-dama, na Casa Branca, As duas não só beberam chá juntas, como fizeram uma visita guiada pelas salas acompanhadas por um curador de arte, bem como pelos jardins, posando para fotografias. Em Janeiro de 2017, no dia da Inauguração, Melania até levou um presente a Michelle: uma moldura da Tiffany&Co.

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Melania Trump oferece um presente a Michelle Obama REUTERS/Jonathan Ernst

Volvidos quatro anos, a futura primeira-dama parece estar a distanciar-se da rotina do marido. Aliás, durante a campanha, a ex-modelo apareceu poucas vezes ao lado do candidato republicano, tendo aparecido no último dia da convenção do partido. Contudo, no mesmo comunicado oficial do seu gabinete, Melania deseja sucesso a Trump: “O regresso do seu marido à Sala Oval para dar início ao processo de transição é encorajador e ela deseja-lhe muito sucesso.”

Também não se sabe se Melania Trump se vai mudar para a Casa Branca em Janeiro ao lado do marido. No primeiro mandato, a primeira-dama demorou meses até deixar o apartamento da Torre Trump, em Nova Iorque, e se mudar para Washington. A antiga modelo sempre teve dificuldade na relação com a comunicação social e parecia visivelmente desconfortável com algumas tradições da rotina na residência presidencial como a decoração de Natal, que foi alvo de chacota por diversas vezes.

De origem eslovena, a próxima primeira-dama dos EUA publicou recentemente um livro de memórias onde apontava o dedo aos media, à cultura do cancelamento, aos democratas e ao processo eleitoral, recordando também polémicas do passado, como as imagens de nudez captadas no início dos anos 2000. Melania queixava-se ainda da atitude dos investigadores do FBI quando, em Agosto de 2022, fizeram buscas “não necessárias, nem apropriadas à mansão do casal Trump em Mar-a-Lago, na Florida, à procura de documentos classificados. Resta saber, quais são os planos para os próximos quatro anos, visto que o gabinete da futura primeira-dama continua a não esclarecer qual será o seu papel ao lado de Trump, que venceu a democrata Kamala Harris nas eleições de 5 de Novembro.

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